Coordenadora de assistência social e
habitação da AEEC-MT, Terezinha Alves, participa de conferências municipais de
igualdade racial em VG e Poconé
A coordenadora de Assistência Social e Habitação da Associação Estadual das Etnias
Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), Terezinha Alves, participou nesta sexta-feira
(25.02) de duas conferências municipais de promoção da igualdade Racial.
Conselheira do Conselho
Nacional de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (CNPPIR) do Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH); Terezinha contribuiu com a V
Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), em Várzea
Grande, durante o período matutino; e pela tarde acompanhou a I Conferência
Municipal de Promoção da Igualdade Racial, em Poconé, onde participou da mesa
de abertura.
Nas duas conferências
municipais, Terezinha apresentou propostas no campo da assistência social para
as famílias ciganas mato-grossenses, a exemplo de inclusão nas políticas de habitação,
já que há um alto índice de famílias que não possuem casas. A conselheira de
igualdade racial ainda colocou a importância do Instituto Brasileiro de
Geografias e Estatísticas (IBGE), realizar a inclusão dos povos ciganos no
censo nacional.
“Apesar de estarmos no
país há quase 500 anos e vivermos em todos os estados brasileiros, contribuindo
com a cultura, a identidade e a riqueza nacional, não somos reconhecidos e nem
visibilizados pelo Estado”, denuncia Terezinha, ao acrescentar que os povos ciganos
precisam de políticas públicas em todas as áreas para alcançar a cidadania, mas
a questão da habitação é um dos problemas mais sérios.
“A maioria dos ciganos
deixaram a vida nômade, pela violência dos dias atuais e a falta de acesso a
questões simples como água encanada ou mesmo eletricidade. Municípios não
disponibilizam locais com essas comodidades para os acampamentos. Assim, temos
um número muito grande de famílias vivendo em barracos, nas periferias das
grandes e médias cidades ou pagando aluguel, que precisam ter acesso as
políticas de habitação”, pondera a ativista.
Terezinha também
representa os povos ciganos no Comitê Estadual dos Povos e Comunidades
Tradicionais de Mato Grosso (CEPCT-MT), órgão vinculado à Secretaria de
Trabalho, Ação Social e Cidadania (SETASC-MT). Em Mato Grosso, as comunidades
ciganas ultrapassam as 600 pessoas, especialmente concentradas nos municípios
de Rondonópolis, Cuiabá e Tangará da Serra.
Texto:
Aluízio de Azevedo
Assessoria
para Ciência e Comunicação da AEEC-MT
Terezinha Alves,
assistente social e mediadora
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