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segunda-feira, 20 de maio de 2024

Estereótipos e preconceitos seculares contra as pessoas ciganas ampliam racismo e desigualdades

 

As pessoas Calon, Rom e Sinti, não são ladras, sequestradoras, trambiqueiras ou fantasias sexuais. Possuímos ricas e milenares identidades e culturas, com línguas, tradições e costumes diferentes.

Quando falamos em ciganos, vários estereótipos recheiam o imaginário social. Há duas visões bastante equivocadas, ambas nefastas. A primeira é uma visão romantizada e a segunda nos vê como bandidos perigosos.

A visão romantizada se exemplifica nas belas e sensuais mulheres ciganas, como Capitu, a personagem de Machado de Assis, que possuía “olhos de cigana, oblíquos e dissimulados”.

A romantização também povoa o ideário espiritualista, com as mulheres e homens ciganos místicos e capazes de prever o futuro.

Ou ainda, na versão cultural, graças as pessoas artistas ciganas memoráveis. Um exemplo é o cantor Sidney Magal que nunca foi cigano, mas se apropriou da cultura.

Outra visão é a que marginaliza as pessoas ciganas como trambiqueiras, ladras ou sequestradoras de criancinhas.

Há ainda uma visão falsa que nos classifica como sujos, imorais, transmissores de doenças etc.

Todas essas visões foram fabricadas para justificar a exclusão e a expulsão cigana, fomentar o racismo estrutural e as desigualdades sociais.

A verdade é que as pessoas ciganas são como quaisquer outras pessoas de outros grupos culturais, no sentido de haver pessoas boas e ruins.

Não é possível julgar uma nação inteira a partir de uma única característica, seja ela romântica ou negativa, pois ambas inferiorizam e retiram a humanidade.

Nós, Calons, Roms ou Sintis, precisamos ser conhecidos e reconhecidos, para que todo preconceito e estereótipo acabe.

Temos que ser valorizados pelas nossas manifestações culturais e filosofias que colocam os seres humanos e a natureza acima dos bens materiais e financeiros.

Fotos: @Juqueiroz; Artes: @Rodrigozaiden e @apenasTamii; textos: @aluiziodeazevedo

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