Programa de inclusão cigana buscará atender alunos na graduação e pós-graduação
Do site da UFMT
A
reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora Myrian Serra,
reuniu-se com a Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT),
para discutir a criação de políticas afirmativas voltadas para essa comunidade. A proposta visaria realizar uma reserva de vagas remanescentes em cursos de graduação e pós-graduação.
“A
UFMT tem como pauta prioritária a inclusão e o reconhecimento da diversidade;
então, reconhecer a comunidade cigana, para nós também será um avanço bastante
importante para a universidade. Penso que para a continuidade, já encaminhamos
aqui várias questões de possíveis ações afirmativas na pós-graduação, na
graduação, eventos, pesquisa, então, faço uma avaliação bastante positiva da
reunião e tenho a expectativa que a UFMT será uma parceira muito importante
para a comunidade cigana”, ponderou Myrian Serra.
Primeira
cigana mato-grossense a cursar ensino superior na UFMT na década de 90 e atual
diretora da mobilização da Associação Cigana, Terezinha Alves, que é formada em
serviço social, comemorou a receptividade da direção da UFMT.
“Estamos no
Brasil há quase 500 anos e chegamos expulsos de Portugal por sermos ciganos.
Aqui sofremos perseguições, com políticas anticiganas aplicadas pelo Estado
brasileiro. Disseminaram-se estereótipos, racismo e discriminação, que
invisibilizam as culturas e identidades ciganas. Assim, ações como essas
reparam historicamente essas questões e valoriza-nos com a oportunidade de
cursar graduação, mestrado e doutorado numa instituição respeitada como a
UFMT”, afirmou Terezinha.
Também
na oportunidade, a AEEC-MT solicitou apoio da UFMT para realização de um evento
que tem como objetivo visibilizar as demandas sociais, políticas, acadêmicas e
culturais das comunidades ciganas, a ocorrer no dia nacional dos ciganos, que
se comemora todo dia 24 de maio, desde o ano de 2006. Entre as atividades do
evento está previsto um seminário científico na instituição, que abordará
temáticas importantes relacionadas aos direitos humanos dos povos ciganos e à
pesquisa acadêmica.
O
diálogo para o seminário, que contará com mesas redondas com especialistas,
pesquisadores e militantes ciganos e de outras minorias étnicas, será realizado
em parceria com o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Artes e Comunicação
(GPEA), da UFMT, cuja coordenação é da professora Michèle Sato.
Também
participaram da reunião a pró-reitora de Ensino de Graduação (Proeg),
professora Lisiane Pereira de Jesus, a pró-reitora de Ensino de Pós-Graduação
(Propg) Ozerina Victor de Oliveira e a Pró-Reitora de Assistência Estudantil
(Prae), Erivã Garcia Velasco.
Do Site da UFMT
Disponível em: https://www.ufmt.br/ufmt/site/index.php/noticia/visualizar/47675/Cuiaba?fbclid=IwAR0rRxX3myMcDGFDb7YeTiD-75MBBmpAgS479oQ9KuaU_fyxiYTwa0YbAmE
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