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quinta-feira, 30 de abril de 2020

AEEC-MT é citada em artigo publicado em site da Universidade de Harvard


No último dia 08 de abril, a Associação das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) coordenou, em conjunto com o Coletivo #OrgulhoRomani, uma nota pública, que foi assinada por mais de 20 associações ciganas e 30 pesquisadores deste universo, denunciando casos de “racismo contra grupos ciganos durante a pandemia” e cobrando “um plano emergencial” de combate e prevenção ao Covid-19 em favor dessas comunidades.

Protocolada junto ao Ministério da Saúde (MS) e ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), a nota foi mencionada em artigo publicado nesta quinta-feira (30 de abril) no site do Centro para Saúde e Direitos Humanos, François-Xavier Bagnoud, da Universidade de Harvard.

O artigo, que pode ser lido na versão em inglês aqui e na versão em português aqui, é assinado pela instrutora e Diretora do “Roma Program” (Programa Romani), Margareta (Magda) Matache e o assessor para Ciência e Comunicação da AEEC-MT, Aluízio de Azevedo.

Com o título “Standing Up Against Anti-Romani Racism During A Pandemic” (Levantando-se contra o racismo anti-cigano durante uma pandemia), o texto destaca que “em todo mundo, vem se manifestando uma tendência violenta e perturbadora de atos racistas anticiganos por parte da polícia, formuladores de políticas, mídia e outros, está colocando em risco as famílias e comunidades romani durante a pandemia do COVID-19”.

E cita a carta da seguinte forma: “O racismo antiromani corre solto no Brasil, lar da maior população cigana da América Latina”. No final de março, os municípios de Cachoeira do Sul, Imbituva e Dois Vizinhos expulsaram grupos itinerantes do tronco étnico Kalon de seus territórios. Além disso, em abril, a cidade de Guarapuava também tentou expulsar outro grupo romani. Como os municípios da Bulgária, Romênia e Eslováquia, autoridades desses municípios brasileiros justificaram suas ações injustas culpando e retratando incorretamente as pessoas ciganas como vetores principais da transmissão de coronavírus.

E Emenda: Felizmente, a expulsão foi interrompida pelo Ministério Público. Nós não podemos ficar de braços cruzados enquanto nossas comunidades são colocadas como bode expiatórias e submetidas a tratamentos desumanos. A hora da ação urgente é agora. No início deste mês, associações, grupos de pesquisa e ativistas ciganos no Brasil denunciaram o racismo anticigano e emitiram um chamado à ação.


Assessoria de Comunicação AEEC-MT

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