INSTITUCIONAL

Links Parceiros

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Gestores do SUS em MT visitam exposição MT Solo Cigano

 
SEMS/MT e SES/MT conferiram a exposição que aborda os povos ciganos no território mato-grossense, para pensar ações de promoção à saúde a partir das artes e da cultura

A exposição MT Solo Cigano, que ocorre na Galeria Lava Pés, em Cuiabá, recebeu, na tarde desta segunda-feira (20.10), visita especial de representantes de dois entes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso: Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) e Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso (SEMS/MT).

 O superintendente estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso, Altir Peruzzo, visitou a Galeria Lava Pés, acompanhado do apoiador institucional do Serviço de Apoio Institucional e Articulação Interfederativa (SEINP), Aluízio de Azevedo, que também é de etnia cigana Calon e o idealizador da exposição.

Da SES/MT, visitaram a exposição, a coordenadora de promoção e humanização à saúde, Rosiene Rosa Pires e o ponto focal para a saúde cigana, Milton Fleury.

Também estiveram presentes a equipe técnica de diferentes áreas da saúde da Coordenação de Promoção e Humanização (COPHS) em Saúde da SES/MT, composta pelos/as seguintes servidores/as: Marlusa Lira Lima, Jucelia Braga, Aparecida Mendes, Ciene Silva Guarin, Devanil Roza Fernandes, Jéssica Costa Souza, Mara Milomem, Gabriela Oliveira Saito, Maria da Penha, Cássio da Silva, Áurea Kelly Eloá Pimenta e Cleide Regina de Arruda.

A presidente da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), que organiza a exposição, recepcionou as pessoas convidadas e realizou um tour pelas salas da MT Solo Cigano.

Para Rosana, “essa aproximação com a gestão da saúde pública em Mato Grosso é de extrema importância para as comunidades ciganas, que, em sua imensa maioria, depende do SUS, mas muitos não conseguem aceder aos serviços”. “Isso acontece por vários motivos, como negligenciamento, preconceitos, racismo institucional, exclusão social, até mesmo falta de documentos como registro de nascimento ou de comprovante de endereço, principalmente, entre os grupos que continuam itinerantes ou semi-itinerantes”.

Segundo a presidente da AEEC-MT, do mesmo modo como há desconhecimento das histórias, culturas, identidades e tradições dos povos Calon, Rom e Sinti por parte da população de uma forma em geral, também há entre profissionais e gestores de saúde.  “Assim, é de suma importância a participação dos gestores na exposição é de suma importância, pois além de promovermos visibilidade, aproximamos o diálogo com os representantes do SUS e podemos apresentar necessidades em saúde, especialmente, aquelas que têm como objetivo a promoção e a prevenção”, pondera Rosana.

Já o superintendente da SEMS/MT, Altir Peruzzo, destacou que é fundamental “a história de um povo retratado num espaço público, exposto para visitação e conhecimento das origens, das vivências, dos trabalhos e, sobretudo, o esforço para manter a tradição. A gente sabe que as gerações mais jovens não têm grande apego nas tradições, não apenas entre os ciganos, mas entre os povos tradicionais e vários grupos como indígenas e quilombolas que formam o conjunto do nosso tecido social”.

“Daí a importância de que espaços, momentos e eventos como estes tem, no intuito de manter viva a memória desse povo e com certeza ajuda a mostrar para os jovens integrantes dessas comunidades que há um espaço público de visibilidade e de vivência. Importante que a SES, do setor da equidade também esteve presente para observar e quiçá no seu dia a dia ter alguma ação ou pelo menos ajudar a mostrar que o trabalho da Secretaria tem que levar a consideração os diversos grupos étnicos brasileiros”, conclui Altir Peruzzo.

Movimento Cinafoturista - Inspirada no movimento Ciganofuturista, que prevê um futuro para os povos ciganos sem racismo e com inclusão e cidadania plena, MT Solo Cigano permanece aberta até a próxima sexta-feira (24/10).

Gratuita, a exposição pode ser visitada em horário comercial e aborda o universo cigano no território mato-grossense. O trabalho traz fotografias de comunidades ciganas de Mato Grosso, como de Tangará da Serra, Rondonópolis e Cuiabá. Também de outros lugares como Brasília, Minas Gerais e Goiás.

EQUIPE MAJORITARIAMENTE CIGANA - A professora aposentada e Calin, Irandi Rodrigues Silva, secretária da AEEC-MT, é a proponente do projeto de exposição e também uma de suas curadoras, ao lado dos dois diretores de arte e cultura da AEEC-MT, Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden.

Três são fotógrafas: Karen Ferreira (Niterói-RJ), Maria Clara Aquino, que é da comunidade cigana de Tangará da Serra e Ju Queiroz (Chapada dos Guimarães). As poesias são da Calin de Rondonópolis, Jéssika Lorrayne Cabral Lima Leme. Os videoartes editados e dirigidos por Maria Clara Aquino.

A produção executiva é de Rosana Cristina Alves de Matos Cruz (presidente da AEEC-MT) e de Fernanda Caiado (tesoureira da AEEC-MT).

O projeto expográfico é assinado por Rodrigo Zaiden (Diretor de Arte e Cultura da AEEC/MT), com assistência de Tami Gondo Lage. As artes e designer gráfico são de Danillo Kalon (Coletivo Ciganagens – Rio de Janeiro).

 MT Solo Cigano é uma produção da Kaiardon Produções, com patrocínio do Edital Viver Cultura – Identidades – LPG 2023, da Secel-MT.

TEXTO E FOTOS: ASSCOM/SEINP/SEMS/MT

Nenhum comentário:

Postar um comentário