A exposição MT Solo
Cigano, que ocorre na Galeria Lava Pés, em Cuiabá, recebeu, na tarde desta
segunda-feira (20.10), visita especial de representantes de dois entes do
Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso: Secretaria de Estado de Saúde de
Mato Grosso (SES/MT) e Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Mato
Grosso (SEMS/MT).
O superintendente estadual do Ministério da
Saúde em Mato Grosso, Altir Peruzzo, visitou a Galeria Lava Pés, acompanhado do
apoiador institucional do Serviço de Apoio Institucional e Articulação
Interfederativa (SEINP), Aluízio de Azevedo, que também é de etnia cigana Calon
e o idealizador da exposição.
Da SES/MT, visitaram a
exposição, a coordenadora de promoção e humanização à saúde, Rosiene Rosa Pires
e o ponto focal para a saúde cigana, Milton Fleury.
Também estiveram
presentes a equipe técnica de diferentes áreas da saúde da Coordenação de
Promoção e Humanização (COPHS) em Saúde da SES/MT, composta pelos/as seguintes
servidores/as: Marlusa Lira Lima, Jucelia Braga, Aparecida Mendes, Ciene Silva
Guarin, Devanil Roza Fernandes, Jéssica Costa Souza, Mara Milomem, Gabriela
Oliveira Saito, Maria da Penha, Cássio da Silva, Áurea Kelly Eloá Pimenta e
Cleide Regina de Arruda.
A presidente da
Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), que organiza a
exposição, recepcionou as pessoas convidadas e realizou um tour pelas salas da
MT Solo Cigano.
Para Rosana, “essa
aproximação com a gestão da saúde pública em Mato Grosso é de extrema
importância para as comunidades ciganas, que, em sua imensa maioria, depende do
SUS, mas muitos não conseguem aceder aos serviços”. “Isso acontece por vários
motivos, como negligenciamento, preconceitos, racismo institucional, exclusão
social, até mesmo falta de documentos como registro de nascimento ou de
comprovante de endereço, principalmente, entre os grupos que continuam
itinerantes ou semi-itinerantes”.
Segundo a presidente da
AEEC-MT, do mesmo modo como há desconhecimento das histórias, culturas,
identidades e tradições dos povos Calon, Rom e Sinti por parte da população de
uma forma em geral, também há entre profissionais e gestores de saúde. “Assim, é de suma importância a participação
dos gestores na exposição é de suma importância, pois além de promovermos
visibilidade, aproximamos o diálogo com os representantes do SUS e podemos
apresentar necessidades em saúde, especialmente, aquelas que têm como objetivo
a promoção e a prevenção”, pondera Rosana.
Já o superintendente da
SEMS/MT, Altir Peruzzo, destacou que é fundamental “a história de um povo
retratado num espaço público, exposto para visitação e conhecimento das
origens, das vivências, dos trabalhos e, sobretudo, o esforço para manter a
tradição. A gente sabe que as gerações mais jovens não têm grande apego nas
tradições, não apenas entre os ciganos, mas entre os povos tradicionais e
vários grupos como indígenas e quilombolas que formam o conjunto do nosso
tecido social”.
“Daí a importância de que
espaços, momentos e eventos como estes tem, no intuito de manter viva a memória
desse povo e com certeza ajuda a mostrar para os jovens integrantes dessas
comunidades que há um espaço público de visibilidade e de vivência. Importante
que a SES, do setor da equidade também esteve presente para observar e quiçá no
seu dia a dia ter alguma ação ou pelo menos ajudar a mostrar que o trabalho da
Secretaria tem que levar a consideração os diversos grupos étnicos brasileiros”,
conclui Altir Peruzzo.
Movimento Cinafoturista
- Inspirada no movimento Ciganofuturista, que prevê um futuro para os povos
ciganos sem racismo e com inclusão e cidadania plena, MT Solo Cigano permanece
aberta até a próxima sexta-feira (24/10).
Gratuita, a exposição
pode ser visitada em horário comercial e aborda o universo cigano no território
mato-grossense. O trabalho traz fotografias de comunidades ciganas de Mato
Grosso, como de Tangará da Serra, Rondonópolis e Cuiabá. Também de outros
lugares como Brasília, Minas Gerais e Goiás.
EQUIPE MAJORITARIAMENTE CIGANA
-
A professora aposentada e Calin, Irandi Rodrigues Silva, secretária da AEEC-MT,
é a proponente do projeto de exposição e também uma de suas curadoras, ao lado
dos dois diretores de arte e cultura da AEEC-MT, Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden.
Três são fotógrafas:
Karen Ferreira (Niterói-RJ), Maria Clara Aquino, que é da comunidade cigana de
Tangará da Serra e Ju Queiroz (Chapada dos Guimarães). As poesias são da Calin
de Rondonópolis, Jéssika Lorrayne Cabral Lima Leme. Os videoartes editados e
dirigidos por Maria Clara Aquino.
A produção executiva é de
Rosana Cristina Alves de Matos Cruz (presidente da AEEC-MT) e de Fernanda
Caiado (tesoureira da AEEC-MT).
O projeto expográfico é
assinado por Rodrigo Zaiden (Diretor de Arte e Cultura da AEEC/MT), com
assistência de Tami Gondo Lage. As artes e designer gráfico são de Danillo
Kalon (Coletivo Ciganagens – Rio de Janeiro).
MT Solo Cigano é uma produção da Kaiardon
Produções, com patrocínio do Edital Viver Cultura – Identidades – LPG 2023, da
Secel-MT.
TEXTO E FOTOS:
ASSCOM/SEINP/SEMS/MT


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