terça-feira, 23 de abril de 2024

Caminhos Ciganos é selecionado para o FICA 2024

O curta-metragem concorrerá na Mostra de Cinema Indígena e de Povos Tradicionais do 25 Festival Internacional de Cinema Ambiental

Caminhos Ciganos (24’, 2023) foi um dos curta-metragens selecionados para participar no 25º Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA), com o tema “Tecnologia, Inovação e Mudanças Climáticas”.

O filme será exibido na Mostra de Cinema Indígena e de Povos Tradicionais. Novidade neste ano, a mostra é dedicada a exibição de filmes de cineastas indígenas e de comunidades tradicionais, com premiação para longas e curtas-metragens.

53 produções audiovisuais se inscreveram para a Mostra Indígena e de Povos Tradicionais. Do Brasil, de estados como Roraima, Amazonas, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais e apenas seis foram selecionados.

Dirigido por Aluízio de Azevedo e codirigido por Rodrigo Zaiden e Karen Ferreira, Caminhos Ciganos aborda e tece relações, por meio do audiovisual entre diferentes comunidades ciganas brasileiras do tronco étnico Calon e entre distintas comunidades de Brasil e Portugal.

Para saber mais, acesse o site do filme Caminhos Ciganos.

A produção é realizada por meio de seleção no edital Cine Motion 2021 da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), com o apoio da AEEC-MT, GIZ, Ministério Público Federal (MPF), Assembleia Social, Prefeitura Municipal de Tangará da Serra.

Para conhecer todos os filmes selecionados para as mostras competitivas, basta acessar ao link: https://fica.go.gov.br/filmes-em-competicao/

Panorama da produção cinematográfica ambiental

Neste ano, 1.078 produções foram inscritas para participação no Festival, que será realizado de 11 a 16 de junho, na cidade de Goiás (GO e vai destinar premiações que variam de R$ 5 mil a R$ 35 mil, além de troféus e menções honrosas.

As comissões responsáveis pela avaliação do material audiovisual são formadas por profissionais com notória experiência e conhecimentos na área e, em sua maioria, estão compostas por membros escolhidos a partir de chamada pública, contando também com indicações da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e do Conselho Estadual de Cultura do Estado de Goiás.

De acordo com o site do festival, a temática foi escolhida para fazer coro com as metas da COP30, que ocorrerá em 2025, em Belém do Pará, no Brasil.

“o objetivo é trazer para os holofotes o debate sobre o papel da tecnologia na transição em direção a uma economia de baixo carbono e alinhar o festival com os debates que ocorrem rumo à COP-30, em 2025, na cidade de Belém”, diz trecho no site.

O FICA - 25 Anos de História

O primeiro festival de cinema a abordar a temática ambiental do Brasil e um dos pioneiros no mundo, completa bodas de prata no ano de 2024. Consolidado como um dos eventos mais expressivos no gênero, o festival é referência tanto no cenário nacional quanto internacional.

A cada ano, nas telas do histórico Cine Teatro São Joaquim, na cidade de Goiás, é exibido um recorte do que há de mais novo, relevante e inquietante em termos de filmes que tratam da relação entre ser humano e natureza.

O Fica é um fórum de debates ambientais de alto nível, reunindo sempre grandes pensadores e líderes internacionais para discutir o presente e o futuro do planeta e da humanidade.

Por suas sessões de cinema e debates ambientais já passaram os mais importantes nomes do cinema e do meio ambiente no Brasil e no mundo, como Arnaldo Jabor, Cacá Diegues, Eduardo Escorel, Nelson Pereira dos Santos, João Batista de Andrade, Marina Silva, Miriam Leitão, Washington Novaes, entre outros.

Imagem do filme em Saintes-Maries-De-La-Mer, França, na Festa de Santa Sara kali

O Fica é inseparável da cidade de Goiás. Foi parte importante do processo que levou ao reconhecimento da cidade como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco e segue contribuindo com a economia e a cultura da antiga capital do estado, parceira de sua realização.

Realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o festival conta com a correalização da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Fundação de Rádio e Televisão Educativa e Cultural (Fundação RTVE).

Assessoria de Comunicação do filme Caminhos Ciganos, com informações do Site do FICA

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Comunidade Cigana de Rondonópolis participa de oficina do CEPCT e programa REM-MT

Grupo de Danças Tradição Cigana fez uma participação especial no evento

Um total de 10 pessoas ciganas oriundas de Rondonópolis, Cuiabá e Tangará da Serra, participam, desde o último 17 (quarta-feira) até hoje (19/04), de oficina regional do Processo de Consulta aos Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso para o Programa REM/MT – Fase II e divulgação do processo de eleição do Conselho Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso (CEPCT-MT).

O evento ocorre no hotel Horto, em Rondonópolis e reúne 12 segmentos de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) mato-grossenses, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pantaneiros, morroquianos, extrativistas, seringueiros, retireiros do Araguaia, rezadeiros, benzedeiros, etc.

Capitaneadas pela vice-presidente da AEEC-MT, Jéssika Lorrayne Cabral Lima Leme, a mestra da cultura mato-grossense Maria Divina Cabral, a Mestra Diva e a coordenadora de mulheres da instituição, Nilva Rodrigues Cunha, que residem em Rondonópolis, participam sete pessoas do município no encontro.

Entre elas, Hérica Esteves Cunha, Edione Martins Cunha, Leidiane Alves Pereira, Normeci Pinheiro, AmandaPinheiro e Audelena Dias Cabral. Além disso, participam do encontro Leida Alves Cunha, de Tangará da Serra e Marcos Gattas e Adriana Achla, de Cuiabá.

Na manhã desta sexta-feira, o grupo de danças Tradição Cigana realizou uma apresentação no evento, que é organizado pelo governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Trabalho e Cidadania (SETASC) e financiado via programa REM.

O encontro preparatório regional de Rondonópolis faz parte de uma série de oficinas com o objetivo de proporcionar um espaço de diálogo, e consolidar a consulta quanto ao fortalecimento da participação dos PCTs na segunda fase do Programa REM, além de apoiar a divulgação do processo de eleição para a composição dos novos membros do CEPCT/MT.

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Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

Livro publicado pelo Ministério da Saúde aborda em ensaio humanização na saúde cigana

 

Publicação pode ser baixada no site da BVS

Acaba de sair publicado pela Editora do Ministério da Saúde o livro "Encontros de cultura e saúde : como a antropologia pode ajudar a pensar o SUS hoje”.

Realizada em parceria com a Unirio, a obra conta com ensaio escrito pelo Assessor para Ciência e Comunicação da AEEC-MT, Aluízio de Azevedo.

O ensaio é intitulado “Para além da diversidade cultural, a perspectiva êmica e ética nos caminhos para humanização e pesquisa na saúde cigana”.

A obra já está disponível online na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e pode ser baixada no seguinte link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/encontros_cultura_saude_antropologia_sus.pdf

O livro integra uma coletânea, cuja Curadoria foi realizada por Ildenê Guimarães Loula, Rosamelia Queiroz da Cunha, Tania Cristina de Oliveira Valente e Thiago Petra da Silva.

O primeiro volume deste trabalho consiste em 11 ensaios que abordam diversas questões relacionadas à cultura, experiência da doença e práticas terapêuticas alternativas. O foco principal é analisar esses temas sob a perspectiva da antropologia da saúde.

Os Encontros de Cultura e Saúde, organizados por um coletivo multidisciplinar, visam fortalecer e defender o Sistema Único de Saúde (SUS) através da produção e disseminação de informações relevantes. Além disso, buscam criar conteúdos colaborativos em saúde, cultura e arte para apoiar o ensino em saúde.

A coletânea explora as interseções entre saúde, história, memória, cultura e arte, destacando a dimensão estética da vida.

Os ensaios discutem crenças, valores, espiritualidade e fé em relação à saúde, bem como os danos causados pela exploração utilitária dos recursos naturais e as ameaças representadas pela crise ambiental, incluindo reflexões sobre a era do Antropoceno.

Essa obra também apresenta análises sobre ações urgentes e possíveis soluções para enfrentar essa realidade preocupante.

A imagem da capa, que ilustra esse post, foi produzida com as mãos dos pacientes do Centro de Convivência Antônio Diogo, no Ceará. Mãos com as marcas da hanseníase.

O livro contou ainda com a colaboração de Edson Mendes de Oliveira, Raquel da Silva Teixeira e Pâmela Pinto.

Veja abaixo o resumo do ensaio Para além da diversidade cultural, a perspectiva êmica e ética nos caminhos para humanização e pesquisa na saúde cigana”.

Resumo

Quais desafios e oportunidades a relação entre os campos da saúde pública e da antropologia podem proporcionar no âmbito da saúde cigana? Que camadas de diálogos interculturais se estabelecem entre pesquisadores(as) e pessoas ciganas, ou entre usuários(as) ciganos(as) e profissionais de saúde? Quais perspectivas os contextos culturais apresentam na visão das determinações sociais da saúde? Essas e outras questões são abordadas de forma ensaística neste texto, que busca reforçar a importância do foco na perspectiva êmica do campo antropológico para o campo da saúde pública (estudos e práticas) e das políticas afirmativas de saúde para os povos ciganos. Palavras-Chave: Povos ciganos. Êmica. Ética. Antropologia. Saúde pública.

Obra Disponível para baixar no site da BVSMS:

 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/encontros_cultura_saude_antropologia_sus.pdf

Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Coletivo Ciganagens lança campanha para impressão de Guia da Saúde da Mulher Cigana

O Ciganagens lançou campanha virtual no site Benfeitoria para a impressão do Guia da Saúde da Mulher Cigana e outros materiais institucionais do Coletivo.

Voltado para a saúde sexual e reprodutiva das mulheres ciganas, o guia  será distribuído em três comunidades.

A outra parte do recurso será utilizada para materiais gráficos intitucionais de identificação para uso em atos e encontros de cunho político e ativista, como bandeiras, blusas e bolsas. Nenhum material será comercializado.

No texto divulgado na postagem de lançamento da campanha em sua página no Insta, o coletivo reforça que este “é um projeto muito trabalhado por três primas do coletivo no ano passado e que espera conseguir fundos para que no próximo dia 24 de maio, o material possa rodar em 3 comunidades no Brasil, para estimular a autonomia das nossas primas nos territórios tradicionais. Infelizmente, nossos povos não estão incluídos em nenhuma política pública de saúde sexual e reprodutiva do governo, um fato que gera diversas comorbidades e nos afasta da sociedade enquanto povos que a compõem”.

Além desse modelo confeccionado para mulheres ciganas, o Coletivo também elaborou um guia destinado aos gestores e profissionais da saúde, que pode ser também baixado de forma online no site do grupo.

Os dois guias da saúde da mulher foram produzidos como atividade final do curso de Extensão Juventude Cigana: da Invisibilidade à Comunicação Popular em Saúde, realizado em parceria entre a Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), o Coletivo Ciganagens, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Coletivo Orgulho Romani, com financiamento de chamada pública da Fiocruz-Brasília, OPAS e governo do Canadá.

Responsáveis pela campanha: Sara Macêdo kali (Responsável pelo guia de saúde da mulher cigana); Desirée Mattos Almeida (Responsável pelo guia de saúde da mulher cigana); Hayanne Iovanovitchi (Responsável pelo guia de saúde da mulher cigana); e Danillo Kalón (Responsável pelo material gráfico do coletivo).

Outras Informações pelo email
coletivociganagens@gmail.com.

Ciganagens

O Coletivo nasce em 2020, em um momento de pandemia, em que as relações orgânicas presenciais estavam prejudicadas, com o objetivo de formar uma rede apoio mútuo, com informação, arte, direito e educação atuando em prol dos direitos dos Povos Ciganos no Brasil, por meio da promoção de ações e de narrativas de pessoas ciganas pautadas pelo ativismo anticolonial, antirracista e antissexista, bem como pela via da integração LGBTQIAPN+.

O coletivo é formado por ciganes de diversas áreas profissionais, como jornalismo, artes, direito e pedagogia. Atualmente tem 7 integrantes, oriundos da Bahia, Goiás, Paraíba, Mato Grosso, Paraná e Rio de Janeiro.

quarta-feira, 13 de março de 2024

Lideranças Ciganas participam de seminário do Programa REM e CEPCT

 

Evento ocorre entre 13 e 15 de março no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá

Seis Lideranças ciganas mato-grossenses participam, em Cuiabá, do Seminário Preparatório do Processo de Consulta aos Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso para o Programa REM/MT – Fase II e divulgação do processo de eleição do Conselho Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso (CEPCT-MT).

Entre elas, a presidente a vice-presidente da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), respectivamente, Rosana Cristina Alves de Matos Cruz (Cuiabá) e Jésssika Lorrayne Cabral (Rondonópolis). 

Jéssika Lorrayne, Fernando Carlos, Terezinha Alves e Mestra Diva

A Mestra da Cultura Mato-grossense, raizeira e benzederia Cigana, Maria Divina Cabral, a Diva, de Rondonópolis, participa do evento representando o segmento das raizeiras e raizeiros. 

Também representando os povos ciganos mato-grossenses, participam do evento a coordenadora de Assistência Social da AEEC-MT, Terezinha Alves (Cuiabá) e os ativistas, Fernando Carlos Angola (Juína) e Marcos Gattas (Cuiabá). 

Fernando representou os povos ciganos na mesa de abertura do evento. Veja abaixo o vídeo com sua fala na abertura:

Organizado pelo governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Trabalho e Cidadania (SETASC), o evento começa hoje (13.03) e acontece até 15 de março de 2024, no Hotel Fazenda Mato Grosso.

O Seminário Preparatório faz parte de uma série de oficinas com o objetivo de proporcionar um espaço de diálogo, e consolidar a consulta quanto ao fortalecimento da participação dos PCTs na segunda fase do Programa REM, além de apoiar a divulgação do processo de eleição para a composição dos novos membros do CEPCT/MT.

Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

 

 

domingo, 3 de março de 2024

Programa Calon Lachon: registro, conservação e disseminação das culturas ciganas

Calon Lacho, que na língua Romanó-Caló quer dizer “Cigano Bom”, ou “Bom Cigano”, é um programa que tem como objetivo registrar (vídeos, áudio, fotos, documentos escritos), valorizar, conservar e divulgar as narrativas, saberes, práticas e memória oral de comunidades ciganas contadas por elas mesmas.

O Programa tem um site próprio que pode ser acessado no seguinte link: https://calonlachon.com.br/ 

A ideia é realizar registros fílmicos e a divulgação a partir de dentro, com olhares próprios e junto COM as pessoas ciganas e não SOBRE elas. Um dos diferenciais da metodologia é o retorno aos participantes, que auxiliam a si mesmos, com a possibilidade de autoanálise e de autocrítica, podendo complementar, detalhar ou refutar suas próprias considerações.

Propomos uma escuta aprofundada, que proporcione o diálogo sensível entre pessoas ciganas de diferentes famílias e grupos. Trata-se de um olhar dialógico, que valoriza os conhecimentos e saberes, costumes e tradições Romani, registrando suas vozes e olhares, potencializando lutas e demandas políticas e culturais.

Buscamos busca estabelecer pontes entre pessoas romani, registrando e divulgando suas ricas tradições e culturas, conhecimentos e saberes. Uma experiência cinematográfica que promove diálogos interculturais e interpolíticos entre diferentes grupos ciganos no Brasil em Portugal, para o fortalecimento de suas causas e lutas.

Calon Lachon é uma produção coletiva e sem fins lucrativos, coordenada pelos cineastas Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden  que contribuíram para o início dos trabalhos em 2017, durante seis meses no Brasil e durante seis meses em Portugal.

O registro etnográfico  é feito com a participação ativa das pessoas ciganas, que ajuda a definir desde o fechamento do roteiro e das temáticas abordadas, até as formas de linguagens, imagéticas e locais de participação.

Neste sentido, o trabalho conta principalmente com a direção e criação de pessoas ciganas, como os irmãos Stoesse e Araxides, em Tangará da Serra (MT), ou os irmãos Wanderley e Jefferson, no acampamento Nova Canaã, Sobradinho I (Brasília, DF).

Objetivo geral 

Construção de um acervo fílmico e fotográfico dos povos ciganos brasileiros e portugueses, silenciados e invisibilizados na história oficial, ainda que contribuíram imensamente para a economia, a cultura, a identidade e a sociedade brasileiras.

Objetivos Específicos

Desconstruir estigmas, estereótipos, racismos e preconceitos historicamente arraigados sobre as culturas e etnias Romani, seja nas mídias, na literatura, na ciência ou até mesmo nos dicionários,

Construir coletivamente com as próprias pessoas ciganas um novo e melhorado imaginário, tornando visíveis suas histórias de vida, tradições, modos de organização sociocultural, de ver, viver, sentir e estar

Histórico e Conceito

O programa nasceu em 2017, ano sabático em que o cineasta Cigano, Aluízio de Azevedo, realizou sua pesquisa de campo do doutorado. 

Na ocasião, pesquisou a comunicação e saúde, mediações e interculturalidades e produção social de sentidos identitários e emancipatórios, anticoloniais, por meio da metodologia fílmica e a construção de uma matriz própria, inspirada no método compartilhado de Jean Rouch e no cinema intertextual de Judith e David Mac Dougall.

O audiovisual foi um instrumento de diálogo, primeiro entre grupos ciganos de comunidades ciganas em diferentes unidades federativas brasileiras, Mato Grosso e Distrito Federal e depois entre ciganos portugueses e brasileiros, permitindo um reencontro e uma tradução intercultural e interpolítica.

Pessoas separadas por um oceano, de repente, puderam ver, conhecer e trocar mensagens e intercâmbios, utilizando o audiovisual. O conceito passa por produzir materiais que combatem estereótipos, preconceitos, construindo novos e melhores imaginários sobre os povos ciganos, que historicamente foram invisibilizados.

Percorremos quatro comunidades ciganas brasileiras: Nova Canaã (DF), Tangará da Serra, Cuiabá e Rondonópolis, em MT. Em Portugal: Águeda, Lisboa, Figueira da Foz, Ericeira, Moura, Beja, Porto, Elvas, Espinho, Algarve.

O princípio da confiança, do respeito e da ética, do improviso e da autorrepresentação foram alinhados ao tempo todo com a quebra de estereótipos e preconceitos. Neste sentido, a ideia de caminhos, de conexão, de confiança e de reencontro permeiam todo o projeto Calon Lachon e o filme Caminhos Ciganos. Claro que agora estamos produzindo arte pura e não mais arte no diálogo com a ciência.

Além do curta-metragem Caminhos Ciganos, o programa Calon Lachon se divide em outros projetos como a série Diva e as Calins de Mato Grosso, a Exposição Multimídia CALIN, o programa de entrevistas para web, Odova Romani e o longa-metragem Calon Lachon. O programa inclui também uma série com ciganos do Brasil, Portugal, Espanha e França.

Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=Af3ANELEPT8&t=16s 

Rosto: https://www.facebook.com/CalonLachon 

Catarse: https://www.catarse.me/calonlachon  

 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

AEEC-MT recebe Prêmio Ponto de Cultura Viva do Ministério da Cultura

 

A AEEC-MT foi selecionada na categoria Pontos de Cultura, com a nota 99,5

A Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) foi uma das 22 iniciativas na região Centro-Oeste selecionadas para receberem o prêmio Ponto de Cultura Viva, Edital Sérgio Mamberti, do Ministério da Cultura (Minc).

O prêmio Ponto de Cultura “objetiva reconhecer, valorizar, incentivar, ativar e potencializar, em todas as Unidades da Federação, atividades culturais desenvolvidas e articuladas por Pontos de Cultura em suas comunidades, os quais atuam em rede, promovendo a transmissão, o fazer cultural e o intercâmbio de saberes, experiências de formação, criação e fruição artístico-cultural”.

O resultado da seleção foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (27/02) e também no site do Minc e pode ser acessado aqui.

A AEEC-MT foi selecionada na categoria Pontos de Cultura, com a nota 99,5, na 9ª posição da região Centro-Oeste.

Além da AEEC-MT, outras duas instituições mato-grossenses também foram selecionadas no edital: Associação Cultural Flor Ribeirinha, de Cuiabá e o Instituto Semente Brasil, de Várzea Grande.

No último dia 23 de janeiro, a AEEC-MT já havia sido reconhecida pelo Ministério da Cultura (MINC), por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, como Ponto de Cultura, recebendo o selo do órgão, o certificado reconhecendo que contribuímos para a promoção de direitos, cidadania e diversidade cultural do país.

Prêmios

Em 2022, a AEEC-MT recebeu o prêmio Rodrigo Mello Franco, concedido pelo IPHAN e em 2023, o prêmio Ponto de Memória, concedido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).

Ambos os prêmios tiveram a iniciativa “Diva e as Calins de Mato Grosso: Ontem, Hoje e Amanhã” como vitrine principal para o recebimento da homenagem.

Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

 

 

 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Conheça a Exposição Multimídia Calin vencedora do prêmio Rodrigo Mello Franco

 

Nilva Rodrigues Cunha: estrelou um o episódio "Ar" da minissérie Diva e as Calins de MT, outro produto integrado na Exposição

Você sabia que a Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), desde o ano de 2021, mantém uma Exposição Multimídia com fotos, textos e vídeos, envolvendo 35 mulheres ciganas?

A exposição integra o projeto “Diva e as Calins de Mato Grosso: Ontem, Hoje e Amanhã”,  que premiou a raizeira e benzedeira, Maria Divina Cabral, a Diva, como mestra da cultura mato-grossense e pode ser acessada no seguinte link: https://galeriacalin.com/

O trabalho é um dos três produtos transmídias do projeto envolvendo os saberes da Mestra Diva e das mulheres ciganas do tronco étnico Calon, que vivem nos municípios de Tangará da Serra, Rondonópolis e Cuiabá.

A raizeira e benzedeira cigana do tronco étnico Calon, Maria Divina Cabral, a Diva, reconhecida pelo governo do estado de MT como mestra da cultura mato-grossense

A exposição é composta por quatro galerias fotográficas: Diquela Calin, Tali Lachin, Lage no Mui e IEncontro das Mulheres Ciganas de Mato Grosso (um dos outros três produtos transmidiáticos do projeto).

Além das quatro galerias fotográficas, o site reúne todas as informações do projeto e também os cinco episódios da Minissérie Diva e as Calins de Mato Grosso, o terceiro produto transmídia do projeto.

Cada episódio da série traz uma mulher cigana anciã e liderança de suas comunidades. 

O primeiro episódio com a Mestra Diva (Rondonópolis), o segundo com Terezinha Alves (Cuiabá), o terceiro com Nilva Rodrigues Cunha (Rondonópolis), o quarto com Irandi Rodrigues Silva (Tangará da Serra e Cuiabá) e o quinto com Nerana Rodrigues Pereira (Tangará).

Essas cinco mulheres, suas filhas e netas são as ciganas que estrelam as fotos da Exposição.

A agricultora Nerana Rodrigues Pereira estrelou o quinto e último episódio da minissérie Diva e as Calins de MT

O projeto foi todo executado em conjunto com as próprias mulheres ciganas, tendo a fotógrafa Karen Ferreira como diretora de fotografia.

O trabalho foi coordenado por Fernanda Alves Caiado, com organização, curadoria e projeto expográfico de Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden.

Patrocinado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), por meio de seleção no Edital Conexão Mestres da Cultura, da Lei Aldir Blanc, o projeto recebeu em 2022 o prêmio Rodrigo Mello Franco, concedido pelo IPHAN, que reconheceu a importância da iniciativa para a salvaguarda do patrimônio cultural, artístico, histórico e imaterial brasileiro.

A iniciativa também foi vencedora do Prêmio Ponto de Memória do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), em 2023.

Acesse aqui a minissérie Diva e as Calins de Mato Grosso.

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Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Mudanças Climáticas Um Cigano na COP 28

As discussões sobre o clima que ocorreram em Dubai sob o olhar de um cigano calon mato-grossense 

Aluízio de Azevedo*