segunda-feira, 23 de outubro de 2023

AEEC aprovada no Edital da Fundação André Maggi, confira organizações selecionadas

 

Confira as organizações, movimentos sociais e coletivos selecionados para o Edital de Fortalecimento das Capacidades Institucionais

A Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) foi uma das 40 organizações, movimentos sociais ou coletivos selecionados no Edital de Fortalecimento das Capacidades Institucionais da Fundação André Maggi (FALM).

A proposta da AEEC-MT no edital é o fortalecimento de seu núcleo de audiovisual, uma vez que esta é uma das principais áreas de atuação da associação, especialmente, no trabalho de registro, reconhecimento, salvaguarda e divulgação das tradições, saberes, costumes e manifestações culturais ciganas.

De acordo com a notícia de divulgação do resultado no site da Falm, “o interesse foi intenso e demonstrou a grande dedicação das organizações comprometidos com a promoção dos direitos humanos, educação e desenvolvimento comunitário em todo o Brasil”. 

O edital recebeu 236 inscrições, vindas de 17 estados e abrangendo 55 municípios. Essa participação massiva demonstra a vitalidade e a diversidade do setor social no país.

Segundo a reportagem, “Após um processo de seleção criterioso e minucioso, foram selecionadas 40 organizações que se destacaram por seu comprometimento, inovação e impacto em suas respectivas comunidades”. 

As organizações selecionadas abrangem uma ampla gama de temas e áreas de atuação, mas todas juntas o compromisso de atender aos principais públicos em situação de vulnerabilidade, como crianças, adolescentes, jovens e pessoas em situação socioeconômica desfavorecida.  

Confira abaixo as organizações, movimentos sociais e coletivos selecionados: 

  • ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE CORPO DE CRISTO DO LAGO DO AGOSTINHO – ASCCLA 
  • ASSOCIAÇÃO DE TRABALHADORES E TRABALHARAS RURAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR DA COMUNIDADE SÃO JOÃO DA CHOCOLATEIRA 
  • INSTITUTO ECOSSISTEMAS E POPULAÇÕES TRADICIONAIS 
  • MODULAR ASSESSORIA TÉCNICA 
  • ORGANIZACAO DE APOIO A MENINAS E MULHERES LIVRE FLUIR 
  • ACADEMIA ITACOATIARENSE DE LETRAS 
  • INSTITUTO DE MULHERES NEGRAS DE MATO GROSSO (IMUNE MT) 
  • COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DOS PRODUTORES RURAIS DA AM-010- COOPRAM 
  • ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COSTA DA CONCEIÇÃO 
  • LABIRINTO ESPAÇO CRIATIVO 
  • INSTITUTO DOS CEGOS DO ESTADO DE MATO GROSSO – ICEMAT 
  • ASSOCIAÇÃO CULTURAL E DE DESENVOLVIMENTO DO APENADO E EGRESSO – ACUDA 
  • COLETIVO MÃES PELA DIVERSIDADE 
  • EMPREENDEDORES CRIATIVOS DE MT 
  • ASSOCIACAO DE AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES DA COMUNIDADE SAO JOAO DO ARACA 
  • ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DOS BAIRROS NOVO PARAISO I E II MARIA NEVES DOS SANTOS 
  • ASSOCIAÇÃO DOS SURDOS DE VILHENA – ASSURV 
  • INSTITUTO DE PROMOÇÃO HUMANA E AMBIENTAL PAIAGUÁS 
  • COLETIVO SÃO LUA 
  • ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DAS ETNIAS CIGANAS DE MATO GROSSO (AEEC-MT) 
  • INSTITUTO CULTURAL CASARÃO DAS ARTES 
  • INSTITUTO CANDELÁRIA DE PORTO VELHO – ICPV/RO 
  • MT QUEER 
  • ASSOCIAÇÃO SOLIDARIEDADE, AMPARO E RESGATE – SOLAR 
  • FEDERAÇÃO DOS POVOS E ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DE MATO GROSSO – FEPOIMT 
  • ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DA CRIANÇA COM CÂNCER DE MATO GROSSO 
  • ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO CULTURAL E SOCIAL “MÃOS SOLIDARIAS” 
  • ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE AGUIA AJUDANDO VIDAS 
  • ASSOCIAÇÃO DE APOIO Á CRIANÇA E A FAMILIA DE SORRISO 
  • COLETIVO DE MULHERES ESSÊNCIA 
  • INSTITUTO GERMINANDO SONS 
  • CENTRO RECREATIVO DO BAIRRO DO JAUARY 
  • ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PACIENTES ONCOLÓGICOS DE CUIABÁ 
  • ASSOCIAÇÃO INDÍGENA HIMERESE 
  • PIBUIWENA ARTE XAVANTE 
  • PROJETO AMOR DE CRISTO 
  • ARDH – ASSOCIAÇÃO DE RESGATE DA DIGNIDADE HUMANA 
  • PAVIMENTAÇÃO E PARADAS NO RESPEITO LGBTQIA+ 
  • EDUCAÇÃO 
  • HIP HOP COMBATE AS DROGAS 

Disponível em: https://fundacaoandreeluciamaggi.org.br/confira-as-organizacoes-movimentos-sociais-e-coletivos-selecionados-para-o-edital-de-fortalecimento-das-capacidades-insitucionais/

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Secel MT abre inscrições para o Edital Viver Cultura Identidades com 3 prêmios para ciganos

 

O edital irá contemplar 56 projetos, incluindo três específicos para povos ciganos. Inscrições começam dia 23 de outubro ficam abertas até 30 de outubro 

Começam nesta segunda-feira (23.10) as inscrições para o Edital Viver Cultura Identidades. Ao todo, são R$ 2,8 milhões disponíveis para 56 projetos voltados a comunidades e populações vulnerabilizadas, incluindo três prêmios para povos ciganos.

Este é o primeiro edital da Lei Paulo Gustavo, disponibilizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), e a consulta pode ser feita no site da instituição. 

Além de povos ciganos, o Viver Cultura Identidades irá contemplar projetos que promovam atividades protagonizadas por povos indígenas, comunidades quilombolas, população de matriz africana e/ou afro-brasileiras, pessoas imigrantes e/ou refugiadas, pessoas LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, comunidades ribeirinhas/pantaneiros e/ou da agricultura familiar, população em situação de rua e/ou população egressa do sistema prisional ou em privação de liberdade, além de expressões como a cultura Hip Hop, capoeira, carnaval e/ou festas populares, bandas e fanfarras.

Povos indígenas também são contemplados com prêmios específicos no edital

A inscrição será totalmente online, de 23 a 30 de outubro. Neste edital, podem se inscrever pessoas físicas e jurídicas (com ou sem fins lucrativos), desde que sejam residentes em Mato Grosso. Cada proponente poderá apresentar apenas um projeto. Porém, organizações da sociedade civil e empresas culturais que representam mais de um artista ou grupos sociais poderão inscrever mais de uma proposta, podendo aprovar até cinco projetos.

A descrição sobre cada grupo social ou tipos de projetos que podem ser apresentados estão disponíveis no próprio edital. Além desses pré-requisitos, também é obrigatório prever medidas de acessibilidade, além de contrapartida social como atividades para instituições de ensino, grupos de coletivos culturais ou associações comunitárias e outras.

A seleção será composta por análise documental, e depois fase de seleção. Nesta última, serão considerados critérios de relevância cultural e critérios econômicos, sociais e territoriais. O resultado final está previsto para 06 de dezembro.

Lei Paulo Gustavo em Mato Grosso

Ao todo, são R$ 34 milhões de investimentos em 14 editais da Lei Paulo Gustavo, em Mato Grosso. Serão contemplados 300 projetos de importantes áreas da cultura, alcançando o audiovisual, literatura, patrimônio cultural, economia criativa e a diversidade.

Serviço

Edital Viver Cultura Identidades – Lei Paulo Gustavo (ACESSE AQUI)

Inscrições: 23 a 30 de outubro

Mais informações:

Site: secel.mt.gov.br/editais-cultura /

Email: viverculturaidentidades.lpg@secel.mt.gov.br

Telefones: (65) 3613-0233 / (65) 3613-0245 

Disponível em: https://www.secel.mt.gov.br/-/secel-abre-na-segunda-feira-23-inscri%C3%A7%C3%B5es-para-o-edital-viver-cultura

domingo, 15 de outubro de 2023

Multiartista Cigana Ceija Stojka na 35ª Bienal de Arte de SP

 

Artista plástica, escritora e música sobreviveu aos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau, a Ravensbrück e a Bergen-Belsen

 

Quem vive em São Paulo ou estará pela megalópole até o dia 10 de dezembro não pode deixar de conferir a 35ª Bienal de Arte de São Paulo, que estreou em 06 de setembro com o tema “Coreografias do Impossível”.

 

Este ano, a bienal inova trazendo como um dos destaques da exposição, obras de arte da multiartista de etnia Cigana Rom Lovara, Ceija Stojka, que traduz em suas obras o horror e a superação vividos em três campos de concentração nazistas.


 

Abaixo o texto produzido pela Bienal para Ceija.

 

Somente quarenta anos após sua deportação é que Ceija Stojka conseguiu superar o trauma e fazer ressurgir de suas mãos a tragédia que foi seu mergulho, aos onze anos, no inferno do genocídio.

 

Exumados dos limbos de sua memória, a perseguição e o genocídio nazistas foram a matiera prima de sua obra, composta de desenhos, pinturas e textos que impressionam por sua intensidade e sua extraordinária poética.

 

Paradoxalmente, enquanto parte do povo Roma,1 Stojka é herdeira de uma tradição oral. Uma verdadeira desvantagem memorial e cultural quando se trata de dar conta do “genocídio esquecido” de que seu povo foi vítima.

 

Sua escolha de “entrar” na pintura, no desenho e na escrita foi um ato de ruptura radical com sua tradição. Ligados, os três se cruzam e se entrelaçam, sem se fundir completamente. 



Muitos de seus desenhos e pinturas são marcados por palavras, signos e frases breves.


Uma melopeia gráfica desenrola-se em uma obra cuja policromia confere às paisagens do desastre uma intensidade trágica. Seus trabalhos associam alucinações, antecipações visuais e os sinais desses territórios da morte e de seus protagonistas.

 

Em suas paisagens, os olhares dos perseguidores e dos assassinos cintilam como prefigurações do inominável. Seu desenho conjuga os contornos nítidos dos mártires anônimos com os fantasmas dos ausentes, já dissolvidos na morte. 

 

Sua obra oscila do paraíso perdido da vida de antes ao tempo da caça, ao momento em que a carroça dá lugar ao vagão do “trem da catástrofe”, e termina nesse arquipélago onde “nem os mortos estarão seguros”. 




Ela configura a trajetória trágica desses corpos arrancados de suas humanidades e lançados no inferno do genocídio. Há algo do Inferno de Dante. Uma grande beleza transcende seu “não savoir-faire” em qualidade. 


Por Philippe Cyroulnik (traduzido do francês por Celia Euvaldo)  

 


Ceija Stojka (pronuncia-se Tchaia Stoica) nasceu em 1933, em Kraubath, na Áustria. Era a quinta de seis filhos de uma família Roma,1 do povo Lovara, tradicionais comerciantes de cavalos na Europa Central.

 

Ela recebeu o sobrenome Stojka de sua mãe, seguindo a tradição de seu povo. Quando tinha oito anos, seu pai foi levado pelos nazistas para o campo de concentração de Dachau, na Alemanha, onde foi morto no ano seguinte.

 

Logo toda a família seria deportada para um campo de concentração destinado a ciganos, em Auschwitz-Birkenau.

 

A violência racial que atingiu a família e a vida de Ceija é nomeada pelos Roma com o termo porajmos, palavra que descreve a perseguição e o extermínio de sua comunidade pelos nazistas.

 

Libertada em 1945 do campo de concentração de Bergen-Belsen, a história de Stojka se tornou conhecida fora de sua comunidade em 1986, após seu encontro com a pesquisadora e cineasta austríaca Karin Berger.

 

Seu testemunho tem início com um livro autobiográfico e com sua obra pictórica, composta de mais de mil desenhos e pinturas que rememoram o passado doloroso dos campos de concentração, mas que lembram também os momentos felizes vividos com a família antes da ocupação da Áustria.

 

Pintando em pé na cozinha de seu apartamento nos subúrbios de Viena, usando pincéis e também os dedos, em muitos de seus trabalhos Stojka acrescenta textos na frente ou no verso das telas, aliando palavras a imagens em seu esforço de retirar do silêncio o relato do horror.

 

Além das pinturas, Ceija gravou o álbum Me Diklem Suno e publicou os livros Wir leben im Verborgenen – Errinerungen einer Rom-Zigeunerin (1988) e Reisende auf dieser Wel (1992).

 

Suas obras fazem parte da coleção do Museo Reina Sofía (Madri, Espanha).

 

Stojka faleceu em Viena, em 2013.

 

Disponível em: https://35.bienal.org.br/participante/ceija-stojka/

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Caminhos Ciganos exibido no SESC SP

Filme será projetado às 19h na Mostra Calon, programação cultural do Congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Lore Society

Caminhos Ciganos teve sua estreia nacional no dia 05 de outubro (sexta-feira). A projeção do curta metragem ocorreu às 19h no Auditório do Sesc São Paulo. O filme integra a Mostra Calon, programação cultural do Congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Lore Society, que ocorreu entre 03 e 06 de outubro no mesmo local.

Além de “Caminhos Ciganos”, dirigido e roteirizado por Aluízio de Azevedo e codirigido por Karen Ferreira e Rodrigo Zaiden, a mostra Calon, que exibiu nos dois dias de realização (04 e 05) outras cinco produções que abordam o universo Calon brasileiro.

Duas dessas produções, o curta-metragem Casamento Cigano Diana e Djavan (2007, 26’), dirigido por Luciana Sampaio e o longa metragem “Rio Cigano” (2013, 81’), uma direção de Julia Zakia, foram exibidos no dia 05.

Já no dia 04, quando a Mostra Calon teve início, foram projetadas outras três produções. Abrindo a programação será exibido o média-metragem “É Kalon – Olhares Ciganos” (2011, 35’), também dirigido e roteirizado por Aluízio de Azevedo.

Na sequência, o público prestigiou a exibição do curta “Adeus Calon” (2022, 20’10), dirigido por João Borges e do média-metragem “Debaixo das Lonas tudo é mais bonito!” (2022, 29’32), dirigido por Róy Rógeres.

A programação cultural do Congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Loore conta aindou na noite do dia 03, às 19h, com apresentação de Marcelo Cigano e convidados.

O filme Caminhos Ciganos é patrocinado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), por meio do edital Cine Motion - Audiovisual 2021.

Congresso Gypsy Lore Society

O congresso é realizado pelo SESC SP em parceria com a Gypsy Lore Society, mais antiga sociedade científica que pesquisa os povos ciganos, fundada na Grã-Bretanha em 1888 com o objetivo de unir pesquisadores interessados na cultura e na história Romanis.

Reunindo participantes de 24 países, o congresso abordará temas como: Holocausto, língua romani, identidades, circo, música, literatura, racismo, escravidão, entre outros.

Acesse ao programa completo com todos os trabalhos apresentados aqui.

 Sinopse Caminhos Ciganos

Os caminhos que levam ao universo romani em três países, Brasil, Portugal e França, são apresentados numa narrativa poética e intimista, inspirada na estética do premiado cineasta cigano Tony Gatlif, diretor de “Lacho Drom” (1992) e “Gadjo Dilo” (1997). Em destaque as culturas ciganas vistas de dentro, valorizando imaginários próprios.

A viagem inicia com a família de um cineasta de etnia Calon em Mato Grosso; que corta o Brasil e atravessa o oceano Atlântico para reencontrar com sua ancestralidade, registrando cada comunidade, suas personagens e cotidianos marcantes, nuances de manifestações culturais, modos de vida e tradições romani, como também denúncias de exclusão e perseguição históricas. 

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Curso Juventude Cigana será apresentado no Congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Lore

 

Evento ocorre no SESC SP entre 03 e 06 de outubro e reúne pesquisadores de 24 países

O curso de extensão “Juventude Cigana: da Invisibilidade à Comunicação Popular em Saúde” será apresentado no congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Lore Society. O evento ocorre no SESC SP entre 03 e 06 de outubro e reúne pesquisadores dos povos ciganos de 24 países.

Ofertado pela AEEC-MT, em parceria com o departamento de História da UFMT, o projeto, que visou o combate às fake news em saúde e a valorização das culturas ciganas, beneficiando 21 estudantes ciganos de 10 Estados brasileiros, foi selecionado para ser apresentado na modalidade comunicação oral – relato de experiência.

Com o título “Formação em comunicação com jovens ciganos: perspectiva de gênero na Espanha e perspectiva da saúde no Brasil”, o relato de experiência trará ainda experiência de um curso semelhante em Espanha, coordenador por Gabriela Marques.

O relato de experiência será apresentado às 15h no dia 04 de outubro, pelos coordenadores do projeto, Aluízio de Azevedo e Gabriela Marques na Parte 4 do congresso, sala 3, dentro da mesa B “Interseccionalidades e comportamento contemporâneo”, cuja mediação será realizada por Sabrina Brésio.

A mesa contará ainda com a apresentação de outros dois trabalhos. O primeiro deles será o trabalho “Conceito de "branquitude" e assimetrias estruturais de poder no espaço interétnico. Abertura de novas possibilidades de pesquisa e interpretações nos Estudos Romanis”, apresentado por Daniel Škobla & Richard Filčák (Eslováquia). E o segundo “Atual comportamento de consumo da classe média roma rumungre”, apresentado por Zdeněk Uherek (República Tcheca).

Juventude Cigana – O curso foi organizado pela AEEC-MT em parceria com a UFMT, Coletivos Orgulho Romani e Ciganagens, a partir de chamada pública da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com financiamento do governo do Canadá, que selecionou projetos de comunicação popular em saúde de todo o país.

O objetivo do curso foi formar jovens ciganos, ciganas e ciganes para a produção de conteúdos digitais nas áreas de saúde considerando o combate à fake news e a consolidação de modelos de comunicação que se preocupem com as realidades das comunidades romaníes no Brasil.

Foram realizadas oito sessões online, com especialistas e profissionais, sobre temas relativos à comunicação e saúde das comunidades ciganas, partindo do olhar crítico às mídias e a desinformação em saúde.

Entre eles, a informação e a comunicação no campo da saúde; o que é desinformação e fake news, identificando racismo e anticiganismo: discursos de ódio e violências simbólicas; uso seguro das redes: midiatização e juventude; e produção de conteúdo para redes sociais: desafios para a autorrepresentação.

Os encontros ocorreram entre 28/02 e 23/03 com uma hora e meia de duração cada. Participantes com pelo menos 70% de presença receberam ao final da formação uma ajuda de custo como incentivo à participação.

Após o encerramento do curso, foi elaborado um guia online sobre produção de conteúdos em saúde para populações ciganas.

Congresso

O congresso é realizado pelo SESC SP em parceria com a Gypsy Lore Society, mais antiga sociedade científica que pesquisa os povos ciganos, fundada na Grã-Bretanha em 1888 com o objetivo de unir pesquisadores interessados na cultura e na história Romanis.

Reunindo participantes de 24 países, o congresso abordará temas como: Holocausto, língua romani, identidades, circo, música, literatura, racismo, escravidão, entre outros.

Acesse ao programa completo com todos os trabalhos apresentados aqui.

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domingo, 1 de outubro de 2023

Congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Lore Society ocorre no SESC SP a partir de 03 de outubro

 

Dezenas de pesquisadores dos povos ciganos de várias partes do mundo estarão reunidos em São Paulo nos próximos dias 03 a 06 de outubro, quando apresentarão suas pesquisas e trocarão experiências. Eles participarão do Congresso de Estudos Ciganos da Gypsy Lore Society, que ocorre no Sesc São Paulo. É a primeira vez que o evento acontece no Brasil.

O congresso é realizado pelo SESC SP em parceria com a Gypsy Lore Society, mais antiga sociedade científica que pesquisa os povos ciganos, fundada na Grã-Bretanha em 1888 com o objetivo de unir pesquisadores interessados na cultura e na história Romanis.

Reunindo participantes de 24 países, o congresso abordará temas como: Holocausto, língua romani, identidades, circo, música, literatura, racismo, escravidão, entre outros.

O programa inclui discussões sobre diversos aspectos dos Estudos Ciganos a fim de encorajar a participação de pesquisadores de várias disciplinas, incluindo História, Etnologia, Antropologia, Sociologia, Ciência Política, Linguística, Estudos Internacionais, Economia, Geografia, Artes Visuais, Cinema, Música, Literatura, entre outras.

Com tradução simultânea, a programação inclui apresentação musical com artistas ciganos, exibição de documentários etnográficos sobre ciganos brasileiros e visita à 35º Bienal Internacional de São Paulo, onde encontra-se o trabalho de Ceija Stojka – artista e escritora cigana sobrevivente do Holocausto, cuja experiência de perseguição é retratada em seus desenhos e pinturas.


Acesse ao programa completo com todos os trabalhos apresentados aqui.

Programação

A mesa de abertura do Congresso acontece no dia 03 de outubro (terça-feia), entre 10h30 e 12h e conta com a participação da presidente da Gypsy Lore Society, Tatiana Podolinska; do subprocurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, do Secretário do Ministério da Igualdade Racial, Ronaldo dos Santos; da representante da ONU, Aline Miklos (ONU); e dos professores da USP, Maria Luiza Tucci Carneiro; e da UEFS, Jucelho Dantas da Cruz.

Os trabalhos inscritos no congresso foram divididos por temas e mesas, onde serão apresentados. Cada mesa terá um pesquisador mediador. O dia 03 foi dividido em duas partes.

Na parte 1, que ocorre entre 14h e 15h30, terão três: Mesa A Migração e Transnacionalismo, com mediação: Brigitte Grossman Cairus; Mesa B Perseguição aos ciganos nos países do Sudeste Europeu aliados da Alemanha nazista, mediada por Elena Marushiakova; e Mesa C Música romani e romanis na música, com mediação de Danilo Cymrot. Em cada mesa nesta parte serão apresentados quatro trabalhos.

Na parte 2, que ocorre entre 16h30 às 17h30, serão outras três: Mesa A Apresentação de Livro/ dossiê, mediação de Marcos Toyansk; Mesa B Perseguição histórica de ciganos no Brasil, mediação de Sabrina Bresio; e Mesa C Língua romani, mediação de Sofiya Zahova.

O dia 03 do congresso encerra às 19h, com apresentação musical de Marcelo Cigano e convidados.

Já no dia 04 de outubro, as apresentações ficaram divididas em três partes. A parte 3 (10h30 às 12h), com duas mesas: Religião, mediação de Marcos Toyansk; e Identidades ciganas, mediação de Aline Miklos. A parte 4 com as mesas: “olíticas públicas e produção de dados sobre o povo romani nas Américas”, mediação de Jucelho Dantas da Cruz; e Interseccionalidades e comportamento contemporâneo, mediação de Sabrina Brésio.

Nesta segunda mesa ocorre a apresentação do trabalho “Formação em comunicação com jovens ciganos: perspectiva de gênero na Espanha e perspectiva da saúde no Brasil”, apresentados por Gabriela Marques Gonçalves & Aluízio de Azevedo.

Já na parte 5 (16h30 às 17h30) ocorrerão outras duas mesas: Anticiganismo e questões raciais mediação de Aluizio Azevedo; e Literatura(s) Romani(s) e mediação: Sofiya Zahova.

Encerrando a programação no dia 04, começa às 19h, também no SESC SP, a Mostra audiovisual Calon. Serão exibidos três filmes: 1 – É Kalon - Olhares Ciganos; 2 - Adeus, Calon e 3 - Debaixo das Lonas tudo é mais bonito!

O último dia de apresentações do congresso será no dia 05 de outubro, quando ocorre a parte 6 (10h30 às 12h30), com as mesas Ciganos no sudeste da Europa, séculos, mediada por Tatiana Podolinska; Resistência e mobilização, mediada por Aluizio de Azevedo; e Mobilidades transatlânticas ciganas, interação social e religiosidade, mediada por Marcos Toyansk.

No dia 05 também ocorre a parte 7 (15h às 15h30) com as mesas A Linguística e diversidade cultural, mediação de Magdalena Slavkova; Diversidade diaspórica Mesa C Educação, mediação de Sabrina Bresio; e Diáspora romani no Brasil: trajetórias em fotos, com Aline Miklos (Argentina), Jucelho Dantas (Brasil), Marcos Toyansk (Brasil), Aluízio Azevedo (Brasil) e Roberto Petrovich (Brasil).

Seguindo a programação no dia 05, entre 16h e 17h30 ocorre o Encontro anual da Gypsy Lore Society; e a partir de 19h até 21h30 a Mostra Calon, com os filmes 1 - Caminhos Ciganos; 2 - Casamento Cigano Diana e Djavan; e 3 - Rio Cigano.

Encerrando a programação, haverá no dia 06 de outubro a visita à Bienal Internacional de Arte de São Paulo, que ocorre no Parque Ibirapuera.