quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Diversidades, culturas, educação e re-existências: construindo o mundo que virá

 

Livro aborda as relações entre cultura, educação e populações excluídas ou vítimas da colonialidade

Acaba de sair publicado pela editora Mentes Abertas o livro “Diversidades, culturas, educação e re-existências: construindo o mundo que virá”.

Organizado pelas professoras Patrícia Cristina de Aragão e Alcione Ferreira da Silva, a obra traz dois textos do Assessor para Ciência e Comunicação da AEEC-MT, Aluízio de Azevedo.

Aluízio prefaciou a obra com o título “Educação e emancipação social: caminhos para a decolonização do futuro” e também publicou o artigo “A liberdade na aprendizagem ambiental cigana dos mitos e ritos Kalon”.

A obra pode ser lida e baixada aqui.

Referência:

ARAGÃO, P. C; SILVA, A. F (Orgs). “Diversidades, culturas, educação e re-existências: construindo o mundo que virá”. Volume II - São Paulo: Mentes Abertas, 2023, 391 p.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Primeiro cigano de tradição circense defende mestrado na UFBA

 

O trabalho reflete os dilemas superados por ciganos/as para acesso ao ensino superior e apresenta um panorama das políticas de ações afirmativas para ciganos/as promovidas por Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil

A Universidade Federal da Bahia (UFBA), através do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências professor Milton Santos (IHAC) - Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade (PPGEISU), promove a primeira banca de defesa do mestrado de um cigano da etnia Calón de tradição circense, nesta sexta-feira (29).

O jornalista, multiartista e estudante Roi Rogeres Fernandes pesquisou a relação dos Povos Ciganos com o Ensino Superior, através do método autoetnográfico. O trabalho apresenta os dilemas superados por ciganos/as para acesso ao ensino superior e um panorama das políticas de ações afirmativas promovidas por Instituições de Ensino Superior (IES), voltadas a essa comunidade tradicional, instituída oficialmente em 2007. O estudo contou com a orientação de Georgina Gonçalves, profa. Dra. titular do PPGEISU.

A banca será composta pelo cigano da etnia Calón e pesquisador Dr. Aluízio de Azevedo (FIOCRUZ-RJ); profa. Dra. Claudia Nunes (UFS), cigana Calin; profa. Dra Sônia Sampaio, titular do PPGEISU/UFBA. E homenageará o primeiro professor Dr. Cigano do Brasil, Jucelho Dantas da Cruz (UEFS), um dos principais articuladores das cotas para estudantes ciganos/as na Bahia, Estado pioneiro na iniciativa. A apresentação acontecerá em formato remoto. Os interessados em acompanhar a defesa, podem enviar manifestação de interesse para o e-mail roirogeresff@gmail.com para recebimento do link, que será disponibilizado considerando a limitação de acesso à sala virtual.



PPGEISU foi o primeiro PPG da UFBA a incluir Povos Ciganos nas ações afirmativas

Em maio de 2021, o curso de Mestrado Acadêmico do PPGEISU acrescentou os povos ciganos para ingresso por meio das ações afirmativas, através de vagas supranumerárias, além de estudantes (as) negros (as), pretos (as) e pardos (as), e sobrevagas para indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e pessoas trans (transexuais, transgêneros e travestis), sendo o primeiro programa de Pós-Graduação (PPG) da UFBA com vagas específicas para ciganos/as.

De acordo com Maria Thereza Coelho, coordenadora do PPGEISU, a primeira banca defendida por estudante cigano no Programa, com membros também ciganos na banca, reflete o compromisso com a reparação social para com a comunidade, bem como demonstra que o PPG segue de portas abertas para acolher a pluridiversidade étnica, característica da população brasileira.

“Recentemente aumentamos a nota do Programa junto à CAPES e aprovamos o projeto de implementação do doutorado acadêmico, o que amplia o nosso campo de atuação educacional e social. Fomos o primeiro da UFBA a tomar essa iniciativa ao acolhermos um estudante cigano, mas desejamos não sermos o único. Esperamos que a iniciativa inspire outros/as estudantes das etnias ciganas a ocuparem esses espaços historicamente negados e assim fazemos cumprir também o nosso compromisso de reparação. É um momento especial para toda comunidade acadêmica”, declarou.



Fotos: Bárbara Jardim

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Eventos celebram a cultura cigana e pautam demandas políticas em Mato Grosso

 

Programações destacam tradições ciganas e oficina do MPF levanta demandas e pautas das comunidades de etnia Calon no Estado: na foto lançamento do filme caminhos ciganos em Tangará

O último mês de setembro (2023) foi um marco para as comunidades ciganas que vivem em Mato Grosso. Durante os dias 01 a 09, ocorreram uma série de eventos culturais, tradicionais e políticos, quando diversas questões relacionadas às demandas e pautas das etnias Romani no Estado foram tratadas. As atividades aconteceram em Tangará da Serra, Rondonópolis e Cuiabá, três cidades com maior concentração de pessoas ciganas em MT.

Quatro atividades principais integraram as programações: o circuito de lançamento do filme curta-metragem Caminhos Ciganos, a Oficina da Plataforma de Territórios Tradicionais, o III Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso e a participação especial da comunidade cigana de Rondonópolis no programa Avisa Lá que Eu Vou, apresentado pelo ator Paulo Vieira, para o GNT, com janela no programa Fantástico, da rede Globo.

Os eventos foram organizados pela AEEC-MT e produzidos pela Kaiardon Produções, por meio de um convênio com a Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT) e patrocínio da a empresa de cooperação alemã GIZ Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit. O objetivo principal foi comemorar os seis anos de fundação da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), criada em outubro de 2017.

Público presente no Circuito de Lançamento do Filme Caminhos Ciganos, em Cuiabá, que ocorreu na praça da Mandioca

“Além de comemorar as conquistas realizadas pela associação nos últimos seis anos, estamos fortalecemos a missão da nossa organização, que é fomentar a salvaguarda, o registro e a divulgação dos saberes e filosofias ciganas, bem como a defesa de direitos humanos e a inclusão cidadã, de maneira a desconstruir estereótipos e lutar contra o racismo e a exclusão social”, destaca a presidente da AEEC-MT, Fernanda Caiado.

Fernanda Alves, presidente da AEEC-MT (esquerda) e algumas das calins mato-grossenses: Orceni Rodrigues (Tangará), Terezinha Alves (Cuiabá), Zilma Rodrigues (Rondonópolis), Selma Alves (Guiratinga) e a matriarca tia Tita (sentada Guiratinga)

A superintendente de desenvolvimento criativo da Secel-MT, keiko Okamura, acompanhou toda a programação. Para ela, “participar foi muito importante”, pois conseguiu “ver de perto o resultado das políticas públicas que temos pensado e realizado para que o povo cigano possa estar inserido e ter a possibilidade de estar demonstrando, a partir desses projetos artísticos, a cultura cigana de forma que consiga promover a divulgação da cultura e uma aproximação não só do poder público com a comunidade, mas da comunidade com o público em geral”.

Na opinião da superintendente, os projetos artísticos trouxeram a possibilidade “para a gente entender e tirar todas essas visões errôneas e negativas, preconceituosas, com relação a cultura cigana, que faz parte da nossa cultura, da nossa identidade, que está inserida, está enraizada e é extremamente necessária que tenha visibilidade”.

Keiko Okamura ocupa o cargo de superintendente da Secel-MT há mais de cinco anos e comanda o setor de economia criativa da pasta

Outro ponto alto enfatizado por Keiko, é a possibilidade de pensar políticas públicas integradas entre a cultura e outras áreas. “É um processo da gente tentar entender e propor não só na área que a gente atua, mas também influenciar em outros setores, para ter um conjunto de ações que possa de forma mais ampliada promover acesso e esses direitos e visibilizar para que a comunidade cigana possa viver de forma igualitária como todos os cidadãos de Mato Grosso”.

Por fim, keiko ressaltou “o quanto isso é importante não só para a cultura, mas sob todos os aspectos de acesso a recursos, a bens, serviços, direitos e, principalmente, da pessoa humana, para a auto estima, para que a pessoa possa ter orgulho e se manifestar enquanto população cigana, enquanto cultura, enquanto indivíduos que tem esse direito que é previsto, mas não tem acontecido na prática”.

Acompanhe cobertura especial dos eventos:

Caminhos Ciganos projetado em praça pública e grupo Tradição Cigana são destaques em Cuiabá

Apresentador Paulo Vieira marca programação do III Encontro de Cultura Cigana de MT

Caminhos Ciganos estreou em Tangará da Serra

Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

domingo, 17 de setembro de 2023

Caminhos Ciganos projetado em praça pública e grupo Tradição Cigana são destaques em Cuiabá

 

A última etapa das programações do Setembro Cigano em MT 2023, ocorreu no dia 09 de setembro, com o lançamento do Filme Caminhos Ciganos na Praça da Mandioca, em Cuiabá.

Confira reportagem Oficina do MPF e Assembleia Geral da AEEC-MT marcam programação em Rondonópolis

Cerca de 60 convidados, sendo metade da comunidade cigana prestigiaram o evento, que contou com a parceira da Casa das Pretas, Imune e Assembleia Social.

O evento contou com a participação do secretário adjunto de cultura da Secel-MT, Jan Moura e da superintendente de Desenvolvimento Criativo, Keiko Okamura.

Confira Reportagem: Eventos celebram a cultura cigana e pautam demandas políticas em Mato Grosso

Além de ter financiado o filme, por meio do edital cine Motion 2021, a Secel-MT financiou também o III Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso, através de convênio direto com a AEEC-MT.

Confira reportagem Caminhos Ciganos estreou em Tangará

Um dos pontos altos da programação na Capital, foram as apresentações de artistas ciganos, que contou, por exemplo, com a participação do Grupo de Danças Tradição Cigana, que veio de Rondonópolis, exclusivamente para abrilhantar o evento.

Também na Capital, a programação cultural contou com as apresentações de Jaque Roque e Marcos Gattas, que apresentaram números de dança cigana e a animação do cantor e músico Caju da Rabeca.

Fechando a programação, os presentes participaram de confraternização que ocorreu na Casa das Pretas.



Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

Para mais informações: (65) 99911-3473 e aeecmt@gmail.com

sábado, 16 de setembro de 2023

Apresentador Paulo Vieira marca programação do III Encontro de Cultura Cigana de MT

O apresentador Paulo Vieira com a integrante do Grupo de Tradição Cigana Miriam Alves

Na sequência das programações do setembro cigano em Mato Grosso, a comunidade cigana de Rondonópolis recebeu três programações: a oficina de plataforma de territórios tradicionais do MPF (05 setembro), o Circuito de Lançamento do Filme Caminhos Ciganos (05 de setembro) e o III Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso (06 de setembro).


Confira vídeo com fotos do Encontro em Rondonópolis

Além disso, a comunidade participou de forma muito especial no dia 06 de setembro do programa Avisa Lá que Eu Vou, com o apresentador Paulo Vieira, que será exibido no canal GNT, com janela para o programa Fantástico da Rede Globo. 

O programa deve ir ao ar em maio de 2024: jovens ciganos falam sobre a língua e a manutenção da cultura e das tradições

A programação na cidade começou no dia 05 de setembro com a realização da oficina da Plataforma de Territórios Tradicionais – segmento Povos Ciganos. 

Leia reportagem: Eventos celebram a cultura cigana e pautam demandas políticas em Mato Grosso

A plataforma é um projeto do Ministério Público Federal (MPF) executado em parceria com o Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), a Rede de PCTs e a empresa de cooperação alemã GIZ Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit.

Além de 20 pessoas da comunidade cigana mato-grossense, também participaram da oficina o procurador da república da 6ª Câmara da representação do MPF em MT, Ricardo Pael e uma equipe da Secel-MT, representada por três pessoas da instituição: a superintendente de desenvolvimento criativo, Keiko Okamura e as técnicas Luciana Pinheiro Viegas e Maria Bárbara Guimarães.

Mediada pela assistente social e diretora de habitação da AEEC-MT, Terezinha Alves, a oficina contou com dinâmicas de levantamento de demandas e necessidades das comunidades em quatro áreas principais (cultura, social, educação e saúde;) apresentações culturais com artistas ciganos.

Em sua participação, o procurador Ricardo Pael comentou sobre as demandas levantadas pela comunidade. Segundo o procurador, algumas das demandas levantadas durante a oficina “já têm alguns encaminhamentos mais definidos, como a questão das cotas (para ensino superior), a questão da exigência da documentação, é só cobrar das secretarias de saúde, dar publicidade aos textos das portarias, achei uma ideia muito interessante e não é difícil de se materializar”.

Na oportunidade, Pael também apresentou os objetivos da plataforma, que, entre outros, visa aproximar o MPF dos povos tradicionais e também os modos de acesso ao MPF-MT, em casos de denúncias de violações de direitos. De acordo com ele, dá para fazer o protocolo de demandas e necessidades diretamente no site do MPF, na aba “quer utilizar o serviço, acesse MPF serviço” ou também baixar o aplicativo no celular”.

“Queria aproveitar essa oportunidade para mostrar pra vocês como que essas demandas podem chegar ao mpff diretamente das mãos de vocês por meio do celular. E tudo isso que foi falado aqui, se vocês quiserem, vocês podem escrever um texto, uma carta de Rondonópolis 2023, colocar tudo aquilo que vocês levantaram até com mais informações, com mais dados, revisarem os textos e protocolar”, explicou Pael.

Confira reportagem Caminhos Ciganos estreou em Tangará

Mediadora da Oficina, Terezinha Alves, avaliou “como muito positivo o encontro”, “um avanço muito grande”, “uma conquista”.

“A presença do procurador neste evento abrilhantou de forma grandiosa, a presença da secretaria de estado de cultura do estado também, foi uma honra grande recebê-los. A participação dos adolescentes, principalmente, para mim foi emocionante. Foi de grande valor ver aqueles meninos falarem que a partir de quando a gente iniciou a associação eles tiveram interesse pela cultura cigana, deixou de ter vergonha de se identificar como cigano, não tem dinheiro que pague isso”, ponderou Terezinha, primeira mulher cigana com ensino superior em Mato Grosso e no Brasil.

Na ocasião, a programação cultural da oficina contou com apresentações de dança de Jaque Roque, Marcos Gattas e Adriana Achla, bem como do músico Caju e sua Rabeca. 

A programação da oficina encerrou com a apresentação da plataforma de territórios tradicionais para a comunidade, executada pelo assessor da Araxá e representante da rede de PCTs em Rondonópolis, Vinicius Hipólito. 

Caminhos Ciganos e III Encontro de Cultura Cigana de MT em Acampamento Tradicional Calon

Ainda na noite do dia 05 de setembro, às 19h30, no acampamento Calon no bairro Colina Verde, a comunidade cigana de Rondonópolis e convidados conferiram a exibição do Filme Caminhos Ciganos, seguido de confraternização.


 A noite cultural contou com a apresentação do Grupo de Danças Tradição Cigana e das apresentações de dança dos artistas ciganos Marcos Gattas, Adriana Achla e Jaque Roque.

Já em 06 de setembro, a AEEC-MT realizou sua Assembleia Geral Ordinária, também no Acampamento Calon. 

Na ocasião, a diretoria atual fez uma prestação de contas do último mandato ocorreu o ingresso de novos membros, assim como as eleições para a nova diretoria, que começará o mandato em outubro de 2023. 

Em breve divulgaremos na página o resultado das eleições e os nomes da nova diretoria da AEEC-MT.

“Foi tudo muito brilhante. A apresentação da dança cultural foi riquíssima, as meninas ensaiaram muito bem e apresentaram muito bem. O envolvimento de todos que participaram, de todos os familiares, foi maravilhoso, nós tivemos a perda do primo que abalou um pouco, mas não tirou a emoção da gente se encontrar. Foi tudo maravilhoso, a presença da tia Tita, da tia Nerana, foi muito bom. Eu avaliei como positivo tudo. Houve um renovo pra nossa família e pra nossa cultura”, pondera Terezinha Alves, que participou de toda a programação e da organização do encontro.

O grupo de Danças Tradição Cigana foi um dos destaques da programação cultural em Rondonópolis



Caminhos Ciganos estreou em Tangará da Serra

Comunidade Calon de Tangará da Serra compareceu em peso

A programação do “setembro cigano em MT”, começou às 10h do dia 01 (sexta-feira), com o circuito de lançamento do curta-metragem Caminhos Ciganos (2023 – 24’), em Tangará da Serra, cidade natal do diretor e roteirista da obra, Aluízio de Azevedo, que também coordenou os eventos ocorridos no Estado. 

Leia reportagem Eventos celebram a cultura cigana e pautam demandas políticas em Mato Grosso

Acompanhe a página do filme no Instagram: https://www.instagram.com/filmecaminhosciganos/ 

Exibido no Centro Cultural do Município, o curta foi produzido por meio do edital Audiovisual 2021 – Cine Motion da Secel-MT.

Cerca de 40 pessoas da comunidade cigana local participaram da exibição do filme e de uma confraternização na Estância Modelo, que contou com almoço e homenagem às matriarcas, as tias: Leida, Orceni, Maria Barbosa, Lúcia (in Memoriam), Cida, Coraci, Nerana, Irandi e Nelsa. 

A programação cultural ainda contou com a participação da cantora gospel cigana, Fernanda Martelli 

E animação do músico e cantor Caju.

Na ocasião, emoção tomou conta dos participantes. A comerciante, Simone Carla Rodrigues, por exemplo, pondera a importância do trabalho para quebrar preconceitos.

Parte da família na confraternização de lançamento, que ocorreu na estância Modelo

 “Adorei tudo, o almoço em família e estar com os meus primos foi muito bom. Fazia um tempinho que a gente não conseguia reunir todo mundo. O projeto está sendo maravilhoso, porque através dele as pessoas podem ver os ciganos com outros olhos. Até então, as pessoas viam os ciganos como um povo que roubava e matava, eles não viam a nossa cultura em si”, pondera Simone. 

Confira reportagem Caminhos Ciganos Projetado em praça pública e grupo Tradição Cigana são destaques em Cuiabá

Filme viaja no universo romani de Brasil, Portugal e França

De acordo com Aluízio, “em plano sequência de quase três minutos, começamos o filme assistindo de maneira completamente íntima vendo a ligação totêmica e identitária entre tio Eurípedes e o cavalo e a carroça que arreia e cuja partida leva o espectador a percorrer os caminhos ciganos entre Brasil e Portugal e imergir num dos pontos centrais relacionados historicamente aos povos ciganos, o nomadismo, cuja ligação paira no imaginário social ocidental como um aspecto cultural identitário próprio, mas cujo resultado é fruto de uma política perpétua de expulsão”.

Aluízio de Azevedo, natural de Tangará da Serra, dirigiu e roteirizou o curta, que começa na cidade

Para o produtor audiovisual, o principal diferencial do filme é que ele partiu da própria comunidade cigana, que sentiu a necessidade de se auto representar, diante de um imaginário social estereotipado e preconceituoso. “Já começamos desconstruindo essa falsa ideia do mito da liberdade do nomadismo, para mostrar que na maioria das vezes, as pessoas e comunidades ciganas foram forçadas a migrar, por meio de políticas de expulsão. A própria forma com que os Calon chegaram ao Brasil, deportados de Portugal durante todo o período colonial é o exemplo mais antigo e histórico desta questão”, pondera Zaiden.

Codiretor, diretor de produção e diretor de arte do curta, Rodrigo Zaiden

Por sua vez, a codiretora e diretora de fotografia, Karen Ferreira, destaca a proximidade e aspecto relacional que permeiam todo o filme. “Começamos dentro do universo cigano, trazendo elementos simbólicos como cavalos, carros, barraca e valores culturais, que demonstram os dois lados da mesma moeda: a violência e a perseguição histórica contra os povos ciganos por parte dos não-ciganos e do próprio estado, mas também a resistência de culturas e tradições milenares, que permaneceram e que se reconstroem entre o mundo capitalista e a própria comunidade tradicional” revela.

Co-diretora, diretora de fotografia e montadora, Karen Ferreira com meninas da comunidade de Nova Canaã, em Brasília - DF

Confira reportagem Oficina do MPF e Assembleia Geral da AEEC-MT marcam programação em Rondonópolis

Sinopse

Os caminhos que levam ao universo romani em três países, Brasil, Portugal e França, são apresentados numa narrativa poética e intimista, inspirada na estética do premiado cineasta cigano Tony Gatlif, diretor de “Lacho Drom” (1992) e “Gadjo Dilo” (1997). Em destaque as culturas ciganas vistas de dentro, valorizando imaginários próprios. A viagem inicia com a família de um cineasta de etnia Calon em Mato Grosso; que corta o Brasil e atravessa o oceano Atlântico para reencontrar com sua ancestralidade, registrando cada comunidade, suas personagens e cotidianos marcantes, nuances de manifestações culturais, modos de vida e tradições romani, como também denúncias de exclusão e perseguição históricas.

Ficha Técnica

Realização: Edital Cine Motion – SECEL-MT

Pesquisa, Roteiro e Direção: Aluízio de Azevedo

Codireção: Rodrigo Zaiden e Karen Ferreira

Produção Executiva: Irandi Rodrigues Silva

Coordenador de Produção: Rodrigo Zaiden

Produção: Kaiardon Produções

Produção Local Portugal: Pimênio Ferreira

Produção Local Brasil: Fernanda Alves Caiado

Direção de Fotografia: Karen Ferreira

Fotografia complementar: Rodrigo Zaiden e Aluízio de Azevedo

Montagem: Karen Ferreira, Aluízio de Azevedo e Juliana Corsino

Assistente de Montagem: Rodrigo Zaiden

Edição: Juliana Corsino

Finalização/Colorização: Isabela Padilha

Designer Gráfico e Webdesigner: André Victor

Assessoria de Comunicação e Imprensa: Aluízio de Azevedo

Produtora do Circuito de Lançamento: Francieska Dinarte

Secretária: Irandi Rodrigues Silva

Administrativo: Afra Catarse

Apoio: Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT)

Imune-MT e Casa das Pretas

Prefeitura Municipal de Tangará da Serra

Vereador de Tangará da Serra Professor Sebastian

Vereador de Rondonópolis Dico


MPF recebe reivindicações de povos ciganos durante oficina realizada em Rondonópolis (MT)

 

Iniciativa faz parte do Projeto Territórios Vivos, que busca dar visibilidade aos povos e comunidades tradicionais do país

Ouvir as demandas dos povos ciganos que vivem no estado de Mato Grosso; conhecer a realidade e os desafios dessa população tradicional; explicar como podem acionar o Ministério Público Federal (MPF) e capacitar membros das comunidades para utilização da Plataforma de Territórios Tradicionais. Esses foram os objetivos de oficina realizada pelo Projeto Territórios Vivos no município de Rondonópolis (MT), no último dia 5. A iniciativa é fruto de parceria entre o MPF, a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ) e a Rede de Povos e Comunidades Tradicionais (RedePCT).

Formalizado em maio de 2021, o projeto busca fortalecer e engajar povos e comunidades tradicionais do Brasil por meio da consolidação da Plataforma de Territórios Tradicionais. A ferramenta, desenvolvida e aprimorada de forma participativa desde 2018, utiliza georreferenciamento para armazenar e disponibilizar informações de diversas fontes sobre os territórios autodeclarados por essas populações.

Procurador Ricardo Pael apresenta o site do MPF e os serviços online ao cidadão

Durante o evento, representantes do povo Calon relataram situações de violência, intolerância e discriminação vividas diariamente pelas comunidades ciganas da região. O quadro, segundo os participantes da oficina, é agravado pelas dificuldades sócioeconômicas e de acesso a direitos fundamentais como alimentação, saúde, educação, emprego e moradia.

Os depoimentos dividiram espaço com apresentações culturais dos povos ciganos. Além disso, os participantes da oficina puderam conhecer melhor os objetivos e as funcionalidades da Plataforma de Territórios Tradicionais, com exercícios práticos para inserção de um território no sistema. A ideia é que, após a capacitação, eles possam alimentar a ferramenta diretamente com os dados e informações relativos a cada comunidade.

Apresentação Cultural com Adriana Achla, Jaque Roque e Marcos Gattas

Representando o MPF, o procurador da República Ricardo Pael reforçou o compromisso da instituição em apoiar as demandas ciganas na busca pelos seus direitos. Para ele, a Plataforma pode ser uma ferramenta efetiva também na luta contra o preconceito sofrido pelos povos ciganos, ao lhes dar visibilidade. “O desconhecimento sobre um grupo alimenta o estereótipo que, por sua vez, é o caminho para a discriminação e o racismo”, afirmou.

Invisibilidade – O procurador lembrou que um dos desafios para a elaboração de políticas direcionadas às populações ciganas é exatamente a falta de dados confiáveis. O último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está defasado, o que dificulta a mensuração das necessidades desses grupos. Para ele, os dados e informações obtidos nas pesquisas demográficas são importante instrumento para iniciar o diálogo com gestores públicos na defesa de ações em prol dos povos ciganos do Brasil.

A dançarina Calin, Adriana Achla e o músico Caju e sua Rabeca

Durante o evento, uma Calin que se identificou como Jaqueline relatou que não sabe seu sobrenome, pois seus pais foram mortos em um episódio de genocídio de ciganos. “As informações sobre nossa família se perderam”, relatou emocionada. Essa situação, que não é única nem isolada, revela a necessidade de atuação do MPF, sobretudo para garantir o acesso a direitos fundamentais.

Em 2018, foi publicada pelo Ministério da Saúde a Portaria 4.384/218, que instituiu a Política Nacional de Saúde dos Povos Ciganos. Apesar de dispensar os membros da população tradicional da obrigação de apresentar comprovante de endereço para ter acesso aos serviços públicos de saúde, a norma ainda é desconhecida tanto pelos profissionais da saúde quanto pelos próprios ciganos.

Procurador Ricardo Pael em sua palestra durante a oficina em Rondonópolis

Outro problema levantado pelos participantes é que os Centros de Referência de Assistência Social não oferecem, quando do preenchimento dos dados, a opção ‘cigano’. “Fui obrigada a preencher um cadastro, decorrente de uma lei de Política de Igualdade Racial, contudo, como no cadastro não havia a opção cigano nem ‘Outros’, me recusei a preencher, e por conta disso fui notificada”, lembrou Jaqueline.

Na área da educação, foi apontada a necessidade de ampliação do acesso ao Ensino de Jovens e Adultos (EJA), além da celebração da cultura cigana no ambiente escolar, pois já existe o Dia do Cigano, comemorado em 24 de maio. Segundo os participantes da oficina, seria uma oportunidade para falar sobre seus costumes e sua cultura, algo inexistente nos livros didáticos.

Eunice Alves e seu filho Eduardo Alves apresentam demandas relativas à educação e ausência dos povos ciganos nos livros didáticos

No campo social, políticas que promovam acesso à moradia, bem como divulgação junto aos Centros de Referências de normas específicas para ciganos foram mencionadas como ações essenciais.

Etnias – No Brasil, existem vários grupos que compõem os povos ciganos, por exemplo os Rom, os Sinti, os Calon. Estão distribuídos em todos os estados da Federação e no Distrito Federal. Cada um desses grupos étnicos possui dialetos, tradições e costumes próprios. Muitos deles ainda estão voltados às atividades itinerantes tradicionais da cultura cigana, porém nem toda pessoa de etnia cigana é nômade. Muitos têm residência fixa, variando desde casas sofisticadas a tendas, acampamentos e casas de pau a pique.

Assessoria de Comunicação / Ministério Público Federal

Procuradoria da República em Mato Grosso

Disponível em: https://www.mpf.mp.br/mt/sala-de-imprensa/noticias-mt/mpf-recebe-reivindicacoes-de-povos-ciganos-durante-oficina-realizada-em-rondonopolis-mt

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Circuito de Lançamento do curta Caminhos Ciganos em Tangará, Rondonópolis e Cuiabá

 

Circuito de Lançamento ocorreu em Tangará da Serra (01), Rondonópolis (05) e a próxima sessão será em Cuiabá neste sábado (09.09)

Após quase seis anos desde o início de sua produção, que começou em janeiro de 2017 com captações em Mato Grosso, Brasília e cidades portuguesas como Lisboa, Beja, Águeda e Moura; estreou no último dia 01 de setembro o filme Caminhos Ciganos (2023). Dirigido e roteirizado pelo cineasta cigano mato-grossense de etnia Calon, Aluízio de Azevedo, o filme foi exibido em Circuito de Lançamento que ocorreu nas três cidades mato-grossenses cujas comunidades ciganas participaram da obra.

Com financiamento do governo do Estado, por meio do Edital Cine Motion – Audiovisual 2021 da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), a produção tem como codiretores Rodrigo Zaiden, que assina produção e direção de arte; e Karen Ferreira, que dirigiu a fotografia e realizou a montagem. Além das comunidades ciganas brasileiras e portuguesas, o curta traz a peregrinação de Santa Sara Kali, que ocorre todo ano em 24 de maio na cidade de Saintes-Maries-De-La-Mer, em França, reunindo pessoas ciganas e não ciganas do mundo todo.

O circuito de lançamento teve início no dia 01 de setembro (sexta-feira) em Tangará da Serra, onde o filme também começa com o patriarca tio Eurípedes Alves Pereira (in memorian), homenageado da obra, mostrando a forte ligação histórica dos grupos do tronco étnico Calon com os cavalos e equinos, tanto que são conhecidos como “ciganos cavaleiros”. 

De acordo com Aluízio, “em plano sequência de quase três minutos, começamos o filme assistindo de maneira completamente íntima vendo a ligação totêmica e identitária entre tio Eurípedes e o cavalo e a carroça que arreia e cuja partida leva o espectador a percorrer os caminhos ciganos entre Brasil e Portugal e imergir num dos pontos centrais relacionados historicamente aos povos ciganos, o nomadismo, cuja ligação paira no imaginário social ocidental como um aspecto cultural identitário próprio, mas cujo resultado é fruto de uma política perpétua de expulsão”.

Já em Rondonópolis, o circuito de lançamento do filme integrou a programação do III Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso, que ocorreu no município entre os dias 04, 05 e 06 de setembro, no acampamento Kalon instalado na cidade. A exibição do curta aconteceu no dia 05 (terça-feira) e entre os destaques do filme traz uma animada prosa da Mestra da Cultura Mato-grossense Maria Divina Cabral, a Diva e a ativista Nilva Rodrigues, na língua cigana da etnia Calon, que no Brasil é mais conhecida como chibe. 

Finalizando o circuito de lançamento, o filme contou com projeção pública aberta na praça da Mandioca, em Cuiabá, no dia 09 de setembro (sábado), numa parceria com a Casa das Pretas/Imune e Assembleia Social. “A ideia do Circuito foi prestigiar sobretudo as pessoas ciganas que participaram do filme e que vivem nessas três cidades, sendo as primeiras a conhecer o filme que fala sobre o seu próprio universo identitário e cultural” explica o codiretor e diretor de arte, Rodrigo Zaiden. 

Para o produtor audiovisual, o principal diferencial do filme é que ele partiu da própria comunidade cigana, que sentiu a necessidade de se auto representar, diante de um imaginário social estereotipado e preconceituoso. “Já começamos desconstruindo essa falsa ideia do mito da liberdade do nomadismo, para mostrar que na maioria das vezes, as pessoas e comunidades ciganas foram forçadas a migrar, por meio de políticas de expulsão. A própria forma com que os Calon chegaram ao Brasil, deportados de Portugal durante todo o período colonial é o exemplo mais antigo e histórico desta questão”, pondera Zaiden.

Por sua vez, a codiretora e diretora de fotografia, Karen Ferreira, destaca a proximidade e aspecto relacional que permeiam todo o filme. “Começamos dentro do universo cigano, trazendo elementos simbólicos como cavalos, carros, barraca e valores culturais, que demonstram os dois lados da mesma moeda: a violência e a perseguição histórica contra os povos ciganos por parte dos não-ciganos e do próprio estado, mas também a resistência de culturas e tradições milenares, que permaneceram e que se reconstroem entre o mundo capitalista e a própria comunidade tradicional” revela.



III Encontro de Cultura Cigana de MT - Além do circuito de lançamento do filme Caminhos Ciganos, a programação do III Encontro conta com a Oficina da Plataforma de Territórios Tradicionais – Seguimento Povos Ciganos, realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) nos dias 04 e 05; e com a Assembleia Geral da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), que comemora em 2023 seis anos de fundação e é uma das parceiras do filme. O III Encontro conta com o patrocínio da Secel-MT e da GIZ, com o apoio da AEEC-MT, Casa das Pretas/Imune e dos vereadores Dico (Rondonópolis) e Professor Sebastian (Tangará da Serra).


Sinopse

Os caminhos que levam ao universo romani em três países, Brasil, Portugal e França, são apresentados numa narrativa poética e intimista, inspirada na estética do premiado cineasta cigano Tony Gatlif, diretor de “Lacho Drom” (1992) e “Gadjo Dilo” (1997). Em destaque as culturas ciganas vistas de dentro, valorizando imaginários próprios. A viagem inicia com a família de um cineasta de etnia Calon em Mato Grosso; que corta o Brasil e atravessa o oceano Atlântico para reencontrar com sua ancestralidade, registrando cada comunidade, suas personagens e cotidianos marcantes, nuances de manifestações culturais, modos de vida e tradições romani, como também denúncias de exclusão e perseguição históricas. 



Ficha Técnica

Realização: Edital Cine Motion – SECEL-MT

Pesquisa, Roteiro e Direção Geral: Aluízio de Azevedo

Codireção: Rodrigo Zaiden e Karen Ferreira

Produção Executiva e Consultoria de Roteiro: Irandi Rodrigues Silva

Coordenador de Produção: Rodrigo Zaiden

Direção de Produção: Kaiardon Produções

Produção Local Portugal: Pimênio Ferreira

Produção Local Brasil: Fernanda Alves Caiado

Direção de Fotografia: Karen Ferreira

Fotografia complementar: Rodrigo Zaiden e Aluízio de Azevedo

Montagem: Karen Ferreira, Aluízio de Azevedo e Juliana Corsino

Assistente de Montagem: Rodrigo Zaiden

Edição: Juliana Corsino

Finalização/Colorização: Isabela Padilha

Montagem de som e trilha original: Caju

Designer Gráfico e Webdesigner: André Victor

Assessoria de Comunicação e Imprensa: Aluízio de Azevedo

Produtora do Circuito de Lançamento: Francieska Dinarte

Secretária: Irandi Rodrigues Silva

Administrativo: Afra Catarse

Outras informações: (65) 99911-3473 e filmecaminhosciganos@gmail.com

Assessoria de Comunicação Curta Caminhos Ciganos


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Comunidade Cigana elege nova diretoria da AEEC-MT

 

Público presente no III Encontro de Cultura Cigana de MT, quando ocorreu a Assembleia Geral da AEEC-MT

A Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) elegeu, no último dia 06 de setembro (quarta-feira) a sua nova diretoria para o triênio outubro de 2023 a setembro de 2026.

A Assembleia Geral ocorreu entre 14h e 15h, no Acampamento Calon instalado no Bairro Colina Verde, em Rondonópolis e elegeu a empresária Rosana Cristina Alves de Matos Cruz, 43 anos, de Cuiabá, como a nova presidenta da Associação.

Na ocasião, também foram eleitos os ocupantes dos outros cinco cargos da diretoria da AEEC-MT: vice-presidente Jéssika Lorrayne Alves Cabral Lima Leme (Rondonópolis), Primeira Secretária Irandi Rodrigues Silva (Cuiabá), segundo secretário Uanderson Pereira dos Santos (Rondonópolis-MT), primeira tesoureira Fernanda Alves Caiado (Cuiabá-MT) e segundo tesoureiro Aluízio de Azevedo Silva (Cuiabá).

A Chapa única foi eleita por unanimidade por todos os presentes na Assembleia Geral. Antes da votação, a diretoria atual, representada pela sua presidente, Fernanda Alves Caiado, apresentou algumas das principais ações realizadas pela instituição, especialmente, o fato da regularização junto à receita federal. E informou a todos que todas as ações realizadas nos últimos seis anos estarão expostas em prestação de contas disponibilizada em breve no blog da AEEC-MT.

Logo após o seu discurso de encerramento de mandato, Fernanda deu posse à nova presidenta da AEEC-MT, Rosana e aos demais membros.

Conheça mais sobre o histórico da AEEC-MT e da comunidade cigana kalon em Mato Grosso aqui: https://aeecmt.blogspot.com/p/historico-e-objetivos.html

Texto: Aluízio de Azevedo, Assessor para Ciência e Comunicação da AEEC-MT