quinta-feira, 28 de novembro de 2024

UEMG abre inscrições para o Vestibular 2025: reserva de vagas para ciganos

 

São mais de 8000 vagas para cursos presenciais de graduação de bacharelado e licenciatura, nas categorias de ampla concorrência, reserva de vagas e inclusão regional.

Vagas específicas para negros, indígenas, quilombolas, ciganos e outros egressos de escola pública que não se enquadrem na Inclusão Regional.

Por g1 Centro-Oeste de Minas — Divinópolis

27/11/2024 09h55  Atualizado há um dia

A Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) abre ao meio-dia desta quarta-feira (27) as inscrições para o Vestibular 2025.

Ao todo, são 4.811 vagas disponíveis, das quais 846 delas são para os campi de AbaetéCláudio e Divinópolis.

No Centro-Oeste de MG, as oportunidades são para cursos presenciais de graduação de bacharelado e licenciatura, nas categorias de ampla concorrência, reserva de vagas e inclusão regional. Veja mais abaixo os cursos disponíveis para as cidades da região.

Os interessados em concorrer a uma das vagas precisam se inscrever pelo site vestibular.uemg.br. O valor da taxa de inscrição é de R$ 40, que deve ser paga até o dia 27 de dezembro. Poderão solicitar a isenção do pagamento os candidatos de baixa renda ou que sejam egressos de escola pública.

Reserva de vagas e inclusão regional

Os candidatos interessados no Vestibular UEMG 2025 poderão disputar vagas em três categorias: reserva de vagas, inclusão regional e ampla concorrência.

O sistema de reserva de vagas, conhecido como Procan, é destinado a pessoas com deficiência e a candidatos que comprovem carência financeira e sejam egressos de escolas públicas.

Dentro dessa categoria, há subcategorias específicas para negros, indígenas, quilombolas, ciganos e outros egressos de escola pública que não se enquadrem na Inclusão Regional.

A categoria de Inclusão Regional oferece vagas para candidatos que tenham cursado todo o Ensino Médio em escolas públicas das redes federal, estadual ou municipal e que comprovem residência em Minas Gerais.

Os candidatos que não se qualificarem nas categorias anteriores poderão pagar a taxa de inscrição e participar da seleção pela ampla concorrência.

Detalhes sobre o cronograma, distribuição de vagas e documentos necessários estão disponíveis no edital. Em caso de dúvidas, os candidatos podem entrar em contato pelo telefone 0800 299 3232 ou pelo e-mail vestibularuemg@msconcursos.com.br.

Disponível em: https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2024/11/27/uemg-abre-inscricoes-para-o-vestibular-2025-com-mais-de-800-vagas-para-divinopolis-claudio-e-abaete.ghtml

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

MIR publica portaria com ações do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos

Instrumento normativo também estabelece comitê gestor. Divulgação acontece no Dia Mundial da Língua dos Povos Romani

Ministério da Igualdade Racial (MIR) publicou nesta terça-feira (5) a Portaria Ministerial nº 194/2024, que aprova ações e compromissos estratégicos do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos no período 2024 a 2027 e institui o seu comitê gestor. Na mesma data é comemorado o Dia Mundial da Língua dos Povos Romani, conhecidos no Brasil como povos ciganos.    

Além de 12 metas, o instrumento traz a definição do processo de escolha do comitê gestor com representantes ministeriais e representantes dos povos ciganos. O Edital de chamamento público está fase de elaboração e, uma vez finalizado, irá receber candidaturas para que seja possível construir coletivamente o processo de avanço da seguridade dos direitos básicos aos Povos Ciganos.   

A portaria regula o Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos, publicado em 1º de agosto de 2024 por meio do decreto 12.128/24. Na ocasião, o Brasil se tornou o segundo país do mundo a lançar uma política nacional direcionada a estes povos.   

“Hoje damos mais um passo importante na institucionalização das ações do Estado brasileiro junto aos Povos Ciganos. As ações do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos garantem o direito à moradia, acesso à água, visibilidade, educação, cultura e inclusão produtiva e econômica”, afirma a diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do MIR, Paula Balduíno. Para ela, outra inovação da política são as ações de monitoramento do plano e compromissos estratégicos desta política “que possui um arranjo de governança arrojado, com a participação de representantes dos povos ciganos e de onze órgãos públicos", complementa.   

As 12 metas previstas no documento são distribuídas em dois eixos e serão implementadas até 2027. A previsão de investimento do Plano é de cerca de R$190 milhões nas ações do eixo Direitos Sociais e Cidadania e pouco mais de R$6 milhões no eixo Inclusão Produtiva, Econômica e Cultural. Além do MIR, coordenador do plano, estão envolvidos nas ações os Ministérios da Educação; das Cidades; da Integração e do Desenvolvimento Regional; dos Direitos Humanos e Cidadania; da Cultura; das Mulheres; e do Trabalho e Emprego. As ações envolvem, por exemplo, construções de moradias, perfuração de poços, emissão de documentação civil básica.  

Atuante na construção da política, a coordenadora-geral de políticas para ciganos, Edilma Nascimento, afirma que o MIR segue fazendo história com o normativo. “É uma alegria saber que somos um dos ministérios que não apenas retoma as políticas para igualdade étnico-racial do país, mas que constrói história com as inovações políticas voltadas para povos ciganos.”  

Algumas ações já estão em curso, como a entrega de unidades habitacionais para famílias ciganas da Paraíba, celebrando uma parceria entre os Ministérios da Igualdade Racial e das Cidades, e o governo do estado.   

Povos Ciganos/Romani – Mais conhecidos internacionalmente como Povos Romani, mas amplamente chamados no Brasil de Povos Ciganos, este segmento se subdivide no território brasileiro em redes familiares das etnias Calon, Rom e Sinti. Atualmente, estima-se que haja cerca de 800 mil pessoas ciganas no país.

Disponível em: https://www.gov.br/igualdaderacial/pt-br/assuntos/copy2_of_noticias/mir-publica-portaria-com-acoes-e-compromissos-estrategicos-do-plano-nacional-de-politicas-para-povos-ciganos

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Artista de MT é convidado a apresentar curta sobre povos ciganos em exposição da ONU na Suíça

Aluízio de Azevedo vê na arte uma forma de desmitificar os estereótipos e preconceitos contra a cultura cigana e e a comunidade LGBTQIAPN+.

Por Jardes Johnson, g1 MT

05/11/2024 21h52  Atualizado há 13 horas

O multiartista mato-grossense, Aluízio de Azevedo, de 44 anos, natural de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, é um dos convidados da Exposição Artes Minorias e Direitos Humanos, que ocorrerá no Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra, a partir desta quarta-feira (6), na Suíça. O evento é promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia aqui também reportagem publicada no site da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT).

O convite surgiu após Aluízio ter se inscrito no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários da ONU, em 2023. Ele expôs cinco telas e exibiu a websérie 'Diva e as calins de Mato Grosso', feita em conjunto com a Associação Estadual das Etnias Ciganas (AEEC-MT), que retrata a vida de mulheres ciganas do estado em cinco episódios, sendo premiado pela comissão de curadores com menção honrosa (assista ao teaser abaixo).

Teaser da websérie 'Diva e as calins de Mato Grosso'

Este ano, a ONU está realizando uma retrospectiva com 22 vencedores das três edições do concurso, entre eles, o Aluízio. Desta vez, o diretor, roteirista e artista plástico apresentará duas obras, o curta-metragem 'Caminhos Ciganos', que aborda a vivência da comunidade cigana em locais como Portugal, França e em Mato Grosso, e a tela 'Totem de Mim LGBTQIAPN+ Cigane'.

Tela 'Totem de Mim LGBTQIAPN+ Cigane' — Foto: Aluízio de Azevedo

Aluízio, que é cigano da etnia Calon, contou ao g1 que o contato com a arte vem desde cedo, sempre aliado à cultura cigana. A família dele passou cerca de 80 anos como nômades até fixar residência em Mato Grosso. Segundo ele, cerca 400 familiares e pertencentes da comunidade estão espalhadas pelos municípios. Hoje, ele vê na arte, uma forma de desmitificar os estereótipos e preconceitos contra os povos ciganos.

"Existe uma visão muito estereotipada de que os ciganos são bandidos, trapaceiros que vão roubar, então poder demonstrar que os ciganos têm uma cultura milenar vinda do Egito, que por onde passamos, fomos agregando coisas culturais, levar a nossa arte, é maravilhoso", declarou.

Bastidores do curta-metragem 'Caminhos Ciganos'

Lideranças Calon da Comunidade Cigana em Tangará da Serra. Foto: Karen Ferreira.