O artista visual Danillo
Kalón, do Coletivo Ciganagens, é um dos artistas convidados que integram a Exposição
“Plantas dos pés, linhas das mãos: terra e território”. A abertura da
exposição, que faz parte da programação da 23ª edição do Festival Sesc de
Inverno, ocorreu no último dia 11 de julho, no Sesc Nova Friburgo, onde ficará
por cerca de 30 dias. A curadoria da exposição foi realizada pela mato-grossense Naine Terena.
Danillo, que participou
da abertura da exposição em Nova Friburgo, conta com várias peças expostas. O
artista visual de etnia Calon apresentou a série Mestpen, composta por seis desenhos/artes
impressas em backlights: 01 - Povos Ciganos Existem; 02 - O tronco étnico no
Brasil; 03 - Etnia Cigana; 04 - Povos
Ciganos Na luta 01; 05 - Povos Ciganos Na luta 02; e 06 - Brasil Cigano.
Também estão na exposição
quatro modelos diferentes de ecobags em serigrafia e algodão cru: 01 – MESTPEN;
02 - Povos Ciganos Existem; 03 - O tronco étnico no Brasil; e 04 - Etnia Cigana. Além do Sesc Friburgo, a
exposição percorre também Teresópolis e Três Rios, até o dia 26/10. Cada
unidade exibe um recorte diferente, com narrativas sobre territórios,
identidades e subjetividades.
De acordo com Danillo
Kallon, as obras reafirmam as identidades e culturas ciganas. “Apesar de mais
de 400 anos de diásporas da população cigana ao território brasileiro e de sua
contribuição na formação da diversidade étnica e cultural do país, a comunidade
segue ainda invisível e a margem, inexistentes para alguns e para outros uma
representação errônea, pois nem sempre o que dizem vir dos povos ciganos, de
fato vem”, explica.
Assim, segundo Danillo, “As
peças seguem um conjunto que afirmam a existência e etnicidade dos ciganos, os
três principais grupos étnicos no território brasileiro e a palavra MESTPEN,
que significa LIBERDADE, porta esse anseio,
da liberdade a partir da dignidade, do acesso, da oportunidade.
Festival SESC de Inverno
-
a 23ª edição do Festival Sesc de Inverno, um dos mais importantes eventos
multilinguagem do país. Serão mais de 700 horas de programação artística em 25
localidades do estado, com mais de 200 atividades em diversas linguagens e mais
de mil artistas envolvidos. A maior parte da programação é gratuita – mais de
95% –, e as atrações pagas terão preços populares.
A 23ª edição do festival
propõe uma reflexão a partir do tema “Nosso Lugar”, que parte da ideia de que a
terra não é algo a ser possuído, mas sim um lugar ao qual se pertence. Dentro
deste conceito, o território é um espaço onde a relação com a terra vai além da
posse, tornando-se uma conexão profunda, simbólica, acolhedora e, sobretudo,
afetiva.
Por meio das mais de
setecentas horas de programação cultural, essa abordagem amplia o debate para
além da ecologia dos territórios, no sentido geográfico, explorando a ecologia
que permeia o fazer artístico, os territórios afetivos e artístico-culturais.
Programação completa do
festival e informações sobre visitações à exposição no site: festivalsescdeinverno.com.br
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