Estados europeus e americanos sempre exerceram vigilância e controle sobre as etnias ciganas, que foram expostas a diversas formas de violência física e simbólica
A população
mundial cigana - aproximadamente 12 milhões de pessoas - circula nos países dos
cinco continentes. Durante mais de 600 anos de contato com a civilização
ocidental, os povos ciganos nunca tiveram paz, a ponto de ser hoje a minoria
étnica mais vulnerável de todos os países da Europa (ONU, 2015).
Estados
europeus e americanos sempre exerceram vigilância e controle sobre as etnias
ciganas, que foram expostas a diversas formas de violência física e simbólica,
com inúmeras tentativas de apagamento de saberes e silenciamento de suas
culturas e identidades.
Expulsos
sem cessar de um país a outro, foram perseguidos e mortos pela igreja,
queimados nas fogueiras da santa inquisição; aproximadamente 200 mil ciganos
foram mortas por Hitler na II Guerra mundial; em Portugal, os degredos,
expulsões e leis contra ciganos, pelo simples fato de serem ciganos; no Brasil,
perseguições policiais constantes e centenas de ciganos mortos ou dizimados.
Diante desse
cenário, dialogamos com o argumento de Santos (1999, 2002, 2010) de que os
Estados utilizam os sistemas de exclusão e de desigualdade social como formas
de controle social e manutenção de classes sociais diferenciadas e
normatizadas, tomando como referente as políticas públicas de saúde para
ciganos no Brasil e em Portugal e examinando-as à luz dos conceitos de
vigilância e controle.
O trabalho
é parte de uma tese de doutoramento no âmbito da Informação e Comunicação em
Saúde.
Texto completo: PDF
Por Aluízio de
Azevedo Silva Júnior e Inesita Soares de Araujo
Do Instituto de Comunicação e Informação
Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz -Icict/Fiocruz
Referência: Edição atual - Anais do VII Colóquio Semiótica das Mídias. vol. 7, nº 1.
Japaratinga, AL: UFAL, 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário