A Associação Estadual das
Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), a Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT) e a Fundação Oswaldo Cruz Brasília (Fiocruz Brasília) informam que o
número de inscritos no Curso de Extensão “Juventude Cigana: da Invisibilidade à
Comunicação Popular em Saúde” chegou a um total de 63 pessoas, superando a
expectativa das instituições.
Desta forma, a
coordenação do curso, em diálogo com os Coletivos
Orgulho Romani e Ciganagens e a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), por
meio do projeto Mapas da vida, decidiu ampliar de 20 para 30 o número de vagas
ofertadas. O curso é realizado por meio de chamada pública da Fiocruz Brasília em
parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e financiamento do
governo do Canadá,
As inscrições começaram no dia 28 de dezembro de 2022 e encerraram em 31
de janeiro de 2023. O curso é online e terá início em 28 de fevereiro às 19h
(horário de Mato Grosso) e 20h (horário de Brasília). Serão oito encontros de
uma hora e trinta minutos, sempre às terças e quintas-feiras. A última aula ocorrerá
em 23 de março.
Na ocasião, ocorrerá uma
abertura com a presença de representantes de todas as instituições envolvidas,
como a presidente da AEEC-MT, Fernanda Caiado, a professora do Departamento de
História da UFMT, Ana Carolina Borges, a Assessora Técnica da Fiocruz Brasília,
Aede Cadaxa e a representante do Coletivo Ciganagens e participante do curso,
Sarah Macedo.
A maioria dos
participantes são da etnia Kalon, seguido pelo tronco étnico Rom. Há apenas uma
pessoa inscrita da etnia Sinti. Além disso, a maioria dos inscritos são do
Estado de Mato Grosso. O critério de participação de todas as regiões
brasileiras e diversidade de estados foi cumprida, alcançando um total de 14
unidades da federação e mais o Distrito Federal (DF).
Entre as cidades e Estados, temos pessoas oriundas de: Sousa (Paraíba), Natal (Rio Grande do
Norte), São Sebastião do Passé (Bahia), São Luis (Maranhão), Olinda e Igarassu
(Pernambuco), Ananindeua (Pará), Cuiabá, Tangará da Serra e Rondonópolis (Mato
Grosso), Rio de Janeiro e Campo dos Goytacazes (Rio de Janeiro), Porto Alegre
(Rio Grande do Sul), Goiânia (Goiás), Florianópolis (Santa Catarina), Curitiba
(Paraná), Vitória (Espírito Santo) e Aracaju (Sergipe).
Objetivo
Em um contexto em que a
pandemia da Covid-19 acentuou as desigualdades sociais, ampliando o negligenciamento
em comunicação e saúde dos povos tradicionais, em especial, os povos ciganos,
este curso tem como objetivo oferecer uma formação online de curta duração
(15h) em comunicação popular em saúde para 30 jovens romani brasileiros para
atuação junto às suas comunidades no uso das ferramentas digitais e sua
importância para o enfrentamento ao racismo, ao anticiganismo e o combate à
desinformação e fake news no campo da saúde pública.
Oficinas e Oficineiros
28/02: Apresentação do projeto, dos facilitadores,
oficineiros e participantes: Gabriela Marques (Orgulho Romani), Aluízio de
Azevedo (AEEC-MT), Fernanda Alves (AEEC-MT), Ana Carolina Borges (UFMT) e Aede
Cadaxa (Fiocruz).
02/03: A informação e a comunicação no campo da
saúde (Aluízio de Azevedo)
07/03: O que é desinformação e fake news? Como
identificar? (Roy Rogeres)
09/03: Definindo e identificando racismo e
anticiganismo: discursos de ódio e violências simbólicas (Aline Miklos)
14/03: Fact-checking: fontes, canais, legitimidade e
representatividade (Karla Araújo)
16/03: Uso seguro das redes: midiatização e juventude
(Gabriela Marques)
21/03: Produção de conteúdo para redes sociais:
desafios para a autorrepresentação (Danillo Kalón)
23/03: Encerramento, apresentação de propostas e
avaliação: Gabriela Marques (Orgulho Romani), Aluízio de Azevedo (AEEC-MT),
Fernanda Alves (AEEC-MT), Ana Carolina Borges (UFMT) e Aede Cadaxa (Fiocruz).
Texto: Assessoria para Ciência e Comunicação da
AEEC-MT
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