Publicado em 08/04/2025 13h52
Ministério da Igualdade Racial lança, nessa
terça-feira (8), a Campanha Nacional de Promoção dos Direitos, Informação e
Valorização das Histórias e das Culturas dos Povos Ciganos no Brasil. Parceria
com o Projeto Encruza, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), a
ação compartilha com a sociedade brasileira a história e cultura dos Povos
Ciganos.
Um dos objetivos da campanha é promover o acesso a
direitos para Povos Ciganos, por meio de políticas públicas que assegurem o
reconhecimento de seus modos de vida, saberes, cultura e territórios; o
enfrentamento à discriminação étnica e racial; o acesso a moradia, recursos
hídricos, energéticos, alimentares, infraestrutura e saneamento.
De acordo com a diretora de Políticas para Quilombolas
e Ciganos da Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades
Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos, Paula Balduino,
o Brasil é o segundo país no mundo a ter uma política pública integrada para
Povos Ciganos. A diretora destacou ainda o caráter transversal do Plano
Nacional de Políticas para Povos Ciganos construído com a participação de 10
ministérios e estruturado nos eixos Direitos Sociais e Cidadania, e Inclusão Produtiva,
Econômica e Cultural.
O lançamento faz parte de uma das metas do PNPC criado
pelo Decreto nº 12.128, de 2 de agosto de 2024, e regulado pela Portaria 226,
em dezembro do mesmo ano. “Esses normativos materializam o Governo Federal
cumprindo seu papel no Dia Internacional do Povo Cigano/Romani”, ressalta a
diretora.
A Campanha prevê, ainda, o monitoramento de práticas
racistas e violências correlatas sofridas por essa população. O objetivo é
divulgar para informações para sensibilizar a sociedade.
Segundo a coordenadora-geral de Políticas para Povos
Ciganos, Edilma Nascimento, a Campanha promove conhecimento e conscientização
sobre a participação e importância dos ciganos para sociedade, por meio da
divulgação de dados os seus modos de vida dos ciganos brasileiros. “O objetivo
é demonstrar que o Brasil também é cigano”, coloca.
Dia Internacional do Povo Cigano/Romani – Institucionalizada
pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante o I Congresso Mundial Romani,
em 8 de abril de 1971, a data celebra o primeiro encontro internacional de
ciganos, realizado na Inglaterra. Centenas de pessoas romani de diversas partes
do mundo se reuniram, na ocasião, para debater estratégias de enfrentamento ao
anticiganismo e a melhoria das condições de vida da população.
Durante o congresso foram adotados dois importantes
símbolos da identidade romani: a bandeira e o hino Gelem, Gelem. Desde então, o
dia passou a ser celebrado como um marco de luta contra as injustiças
históricas e atuais sofridas por este povo.
O dia divulga a cultura e história das comunidades
ciganas, além de promover a sua inclusão social, por meio da mobilização da
sociedade civil e do Estado, que é fundamental na elaboração e execução de
políticas públicas que atendam às demandas dos povos ciganos e reduzam suas
vulnerabilidades.
No Brasil, a presença cigana é registrada desde 1574,
com a chegada das primeiras famílias. Hoje, essa população, no país, é
constituída por três diferentes etnias (Calon, Sinti e Rom), sendo estimada em
aproximadamente 1 milhão de pessoas.
Disponível em: https://www.gov.br/igualdaderacial/pt-br/assuntos/copy2_of_noticias/mir-lanca-campanha-historia-e-cultura-dos-povos-ciganos-no-brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário