terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Exposição MT Solo Cigano entra na reta final

Aberta ao público de forma gratuita na Galeria Lava Pés, a Exposição encerra no próximo dia 12/12 e traz os territórios ciganos em MT a partir de múltiplas linguagens

Quem ainda não teve a oportunidade de conferir a Exposição MT Solo Cigano, que está em exibição na Galeria Lava Pés, se apresse, pois a produção artística ficará em aberta ao público somente até o próximo dia 12 de dezembro (sexta-feira).

Organizada pela Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), a exposição inaugurou no dia 26 de setembro e aborda de forma multimídia os principais territórios ciganos no Estado, com foco nas maiores comunidades ciganas do Estado, que estão localizadas nos municípios de Cuiabá, Tangará da Serra e Rondonópolis.

Trabalho é patrocinado por meio do Edital Viver Cultura - LPG 2023 da Secel/MT. Foto: Fernando Dezan.

A exposição reúne fotografias, videoartes, poesias, instalações e um cinema cigano. Gratuita, está aberta ao público de segunda a sexta na Galeria Lava Pés, localizada no prédio da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), que também a financia, por meio do Edital Viver Cultura – Identidades – LPG 2023.

MT Solo Cigano foi proposta por Irandi Rodrigues silva, Secretária da AEEC-MT e tem como curadores, Aluízio de Azevedo (também coordenador geral)  e Rodrigo Zaiden, que também assina o projeto expográfico, cuja assistência é de Tami Lage.

Vernissage de abertura da exposição no dia 26 de setembro reuniu cerca de 30 pessoas da comunidade cigana de Cuiabá. Foto: Fernando Dezan.

A produção executiva é de Fernanda Caiado e Rosana Cristina Alves de Matos Cruz, respectivamente tesoureira e presidente da associação. O artista visual e plástico, Danillo Kalón é o responsável pelas artes e designer gráfico.

O trabalho traz fotografias de três profissionais: Karen Ferreira, Maria Clara e Ju Queiroz, além de poesias de Jéssika Lorrayne Cabral Lima Leme, que também ocupou a função de Assistente de produção executiva do projeto.



 

domingo, 30 de novembro de 2025

NOTA DE PESAR – MARÇAL ALVES PEREIRA

A Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) comunica, com pesar, o falecimento do seu integrante, Marçal Alves Pereira,  aos 55 anos, na cidade de Itaberaí (GO), nesta última sexta-feira (28/11), vítima de um infarto fulminante.

Os nossos sentimentos mais profundos à esposa Wenys Souza Pereira e seus três filhos: Marcela Souza Pereira, que está grávida, Maisa Sousa Pereira e Gabriel Souza Pereira. Que Deus conforte os corações enlutados de toda família e da comunidade cigana de Rondonópolis.

Filho de Jorvina Alves Pereira e Odilon Cabral, Marçal é uma liderança destacada da comunidade cigana de Rondonópolis. O velório ocorreu no município, onde ele nasceu e viveu a maior parte da sua vida e colaborou com a resistência e a cultura cigana na região.

Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC/MT).

 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Entre fados e trovas: a cultura cigana calon e as conexões transatlânticas

 

História e cultura dos ciganos luso-brasileiros

O ciclo propõe apresentar aspectos culturais, históricos e artísticos dos ciganos de origem ibérica, chamados calon, que perfazem atualmente a maior parte dos ciganos brasileiros.

A presença dos ciganos em Portugal remonta ao século XVI, quando entraram pela fronteira da Estremadura espanhola, sendo inicialmente mal-recebidos devido à estereótipos negativos que circulavam sobre eles. Ao longo dos séculos, enfrentaram perseguições, interdições e massacres, o que incentivou seu nomadismo, embora atualmente o sedentarismo predomine. Os ciganos portugueses começaram a chegar ao Brasil no século 16, em fluxo intermitente, que se acentuou a partir dos anos 70 do século 20.

Os ciganos calon, a partir de sua vinda da Europa para o Brasil em meados do século XVI, instituíram uma nova etapa na constante diáspora ao redor do globo. A itinerância forçada pelo país trouxe consigo poucas opções de formação profissional e ascensão social.

Para espantar a tristeza, a música advinda das Trovas do Jaimpem, do dedilhar de um violão (pouco comum), ou das cantigas entoadas pelos pais para embalar o sono das crianças, faziam dos dias tristes mais alegres, e ajudavam a suportar a melancolia de suas lembranças. Essa “escola musical” calon, embora de caráter milenar, nunca foi instrumentalizada por meio de uma teoria musical sólida, sendo sua repercussão dada por meio de improvisos e adaptações de ritmos locais.

A falta de oportunidades não permitia a revelação dos talentos calon na música dita tradicional, entretanto, atualmente estão conseguindo algum destaque no meio artístico através de nomes populares de ascendência regionalizada, com alguns expoentes conhecidos nacionalmente. Seus estilos são atualizados pelas novas tendências da indústria musical e pela demanda por um ritmo e composição de letra que privilegie o cotidiano boêmio.

Atividade em rede com o Sesc São Caetano.


Com Jucelho Dantas da Cruz, cigano calon, doutor em Ciências Biológicas pela UNESP e professor titular da UEFS. Suplente na representação dos povos ciganos no Conselho Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (Cespct), junto a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Cespct/Sepromi-BA).

Com Igor Shimura, professor, defensor de direitos humanos e presidente do Instituto PluriBrasil. Conselheiro titular no Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas (CERMA/PR). Doutor em Antropologia, filiado à Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e à Gypsy Lore Society (GLS).

Com Jeancarlo Fonseca, representante étnico da comunidade imigrante cigana Calon Portuguesa no sul do Brasil. Comerciante, ativista pelos direitos humanos, membro do Instituto PluriBrasil.

Com Luiz Zanata da Silva Dantas (Breno Cigano), cigano da etnia calon, compositor e intérprete.

Com Zanata Ribeiro Dantas, cigano da etnia calon, foi suplente da representação dos Povos Ciganos na Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT), ligado à SEPROMI no Estado da Bahia. Comerciante, cantor e compositor.

Com Givanildo Custodio, tecladista e cantor. Acompanha músicos ciganos do Nordeste.

Com Zico, sanfoneiro cigano calon autodidata, morador do Estado de São Paulo.

Com Lourdes Corrêa  (Lú Ynaiah), psicóloga, ativista de direitos humanos com ênfase nos direitos dos povos ciganos. Membro Titular Representante dos Povos Ciganos no Comite Gestor do Plano de Ação para Políticas Públicas biênio 2025-2027.

Disponível em: https://www.sescsp.org.br/programacao/entre-fados-e-trovas-a-cultura-cigana-calon-e-as-conexoes-transatlanticas/  


terça-feira, 11 de novembro de 2025

Ciganas de MT marcam presença na COP30

Jéssika Leme e Rafaela Sacramento, representantes da AEEC-MT, participarão de painel no Círculo dos Povos no dia 14/11, às 18h05. Foto: Maria Clara Aquino

Duas jovens ciganas de etnia Calon de Mato Grosso, Jéssika Lorrayne Alves Cabral Lima Leme, de Rondonópolis e Rafaela Caiado Sacramento, de Cuiabá, participarão da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá entre os dias 11 e 21, em Belém do Pará (PA).

Jéssika, que é vice-presidente da AEEC-MT e Rafaela, que atua na coordenação de juventude da instituição, fazem parte da nova geração de lideranças ciganas no Estado. As duas representarão os povos ciganos mato-grossenses na maior conferência mundial para debater as emergências climáticas e questões ambientais.

Elas viajam no dia 11 de novembro e permanecem em Belém até o dia 17. Ambas já têm participação confirmada em um painel do Círculo dos Povos na Zona Verde (Green Zone), organizado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR).

Jéssika e Rafaela vão integrar o painel “Mobilidade, territorialidade e Justiça Climática para os povos ciganos no Brasil”, que ocorre no dia 14 de novembro, entre 18h05 e 18h55. O painel também contará com representante da Associação Ciganos Itinerantes do Rio Grande do Sul (ACIRGS).

As duas representantes da AEEC-MT na COP30 participam do evento por meio do patrocínio da chamada Mulheres Liderando Ações Climáticas do Fundo Casa Socioambiental 2024.

A Chamada do Fundo Casa patrocinou também a realização do III Encontro de Mulheres Ciganas de MT, que ocorreu entre os dias 23 e 24 de maio deste ano, no município de Tangará da Serra, reunindo em torno de 80 mulheres ciganas, das quais duas eram convidadas de outros Estados.

Segundo a vice-presidente da AEEC-MT, Jéssika Leme, a participação no evento será muito importante para colocar os povos ciganos na discussão acerca de questões que atravessam as injustiças climáticas, a exemplo do racismo contra as pessoas Calon, Rom ou Sini. 

“A minha participação na COP30, primeiramente é de aprendizado, contato com outras lideranças, organizações sociais e representantes de governos, para buscar dessas experiências conhecimento e melhorias e trazer  para minha comunidade e nosso meio em Mato Grosso. Queremos também levar nossas culturas, tradições, memórias e histórias, marcando presença e demonstrando que existimos e resistimos.”, pondera.

Vice-presidente da AEEC-MT, Jéssika Lorrayne Leme é também representante dos povos ciganos no Conselho Estadual dos Povos e Comunidades Tradicionais de MT (CEPCT/MT)

Jéssika acredita que uma discussão importante a se fazer é a relação dos povos ciganos de Mato Grosso e o bioma do cerrado. 

“As pessoas ciganas não são responsáveis pelo desmatamento, pelas grandes poluições ambientais. Mas inversamente, somos os que mais sofremos com os impactos causados por essa devastação. Os povos ciganos possuem identidades intimamente ligadas com o meio ambiente, que vivem e sobrevivem pela natureza, por exemplo, por meio dos artesanatos ou da medicina tradicional, atividades que boa parte da matéria prima do cerrado, como as ervas e raízes. Se o cerrado se acabar, acaba também nossa medicina tradicional”, explica a vice-presidente da AEEC-MT.

Para Rafaela Sacramento, a participação no evento vai servir para demonstrar que os povos ciganos têm uma relação intrínseca com a natureza. 

“As minhas expectativas em participar da COP30, um evento desta proporção, é entender mais sobre as relações entre meio ambiente, justiça climática e os direitos dos povos ciganos, entendendo como as mudanças ambientais afetam diretamente nossas formas de vida, nossas identidades e culturas. Também quero contribuir para ampliar a visibilidade dessas comunidades, que historicamente a gente sempre sofreu com racismo ambiental, exclusão social e a falta de acesso direitos básicos, como água, moradia e educação.

Neste contexto, de desigualdades ambientais e sociais das pessoas ciganas no Brasil e no mundo de hoje, a coordenadora de juventude da AEEC-MT acredita que pode ser uma ocasião para expressar as demandas por direitos e políticas públicas específicas. 

“Espero defender os nossos direitos ambientais, levando adiante a importância de políticas públicas que garantem não só a preservação ambiental, mas também a dignidade e reconhecimento dos saberes e tradições ciganas. Acredito que a educação ambiental é um caminho para promover esse diálogo intercultural e fortalecer a resistência romani e assim a gente construir um conhecimento mais justo, emancipador e humano”, conclui.

Rafaela Sacramento participa da coordenação de Juventude da AEEC/MT.

Pavilhão do Círculo dos Povos na COP30

Composto pelos Ministérios dos Povos Indígenas (MPI), Ministério da Igualdade Racial, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Círculo dos Povos contará com espaço exclusivo na Zona Verde, durante a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre em Belém-PA, de 10 a 21 de novembro.

Presidido pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, o Círculo dos Povos visa ampliar a capacidade de escuta de demandas e contribuições de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, afrodescendentes e agricultura familiar junto à Presidência da COP30.

O espaço é formado pela Comissão Internacional Indígena, também sob a liderança da ministra Sonia Guajajara, e pela Comissão Internacional de Comunidades Tradicionais, Afrodescendentes e Agricultura Familiar, coordenada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A programação conta com uma série de atividades para debater a vivência e experiências como caminhos para a busca de soluções no combate à emergência climática global.

Confira a programação no seguinte link: https://www.gov.br/mma/pt-br/noticias/confira-a-programacao-do-pavilhao-do-circulo-dos-povos-na-cop30

TEXTO: ALUÍZIO DE AZEVEDO, COM ASSESSORIA DO MIR

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Exposição sobre o universo cigano fica em cartaz até o dia 12 de dezembro na Galeria Lava Pés

MT Solo Cigano foi contemplada pela Secel no edital Viver Cultura - edição Lei Paulo Gustavo. Foto: Fernando Dezan

Cida Rodrigues | Secel-MT - 30 de Outubro de 2025 às 08:51

A exposição MT Solo Cigano, que está em cartaz na Galeria Lava Pés, em Cuiabá, foi prorrogada por mais 50 dias, podendo ser visitada até o dia 12 de dezembro. Contemplada pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) no edital Viver Cultura – Identidades, da Lei Paulo Gustavo, a mostra apresenta o universo cigano com fotografias, videoartes, poemas, instalações, filmes, radioconto e telas.

“Devido ao sucesso, aceitação e procura de pessoas que não conseguiram visitar a exposição nos seus 30 primeiros dias, definimos junto com a Secel por sua prorrogação. Será mais uma oportunidade para o público conhecer os territórios ciganos em Mato Grosso de forma íntima e bastante poética”, expõe Aluízio de Azevedo, idealizador e curador do trabalho. 

Aluízio explica ainda que, no Brasil, os povos ciganos se dividem em três grandes troncos étnicos, sendo: os Calons, os Rom e os Sinti. “Os itens da exposição foram feitos por diversos artistas, em sua maioria de origem cigana”, informa.

Por meio de múltiplos suportes e linguagens, como fotografia, audiovisual, artes plásticas (pintura e instalações) e literatura, MT Solo Cigano é ancorada no movimento ciganofuturista.  

“O conceito pensa o futuro dos povos ciganos olhando para os modos como vivemos hoje, no presente, mas, fundamentalmente, valorizando o passado de nossas próprias ancestralidades, raizes e rizomas culturais, para projetar futuros de inclusão social e fim do anticiganismo, isto é, o racismo estrutural contra os povos ciganos”, explica Aluízio.

A proponente da Exposição Irandi Rodrigues Silva observa as fotografias antigas de família. Foto: Fernando Dezan.

Inaugurada no dia 26 de setembro, a previsão inicial era que MT Solo Cigano ficaria em cartaz durante 30 dias. Com a prorrogação, o público poderá visitar gratuitamente a exposição até o dia 12 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h.

A Galeria Lava Pés está localizada no mesmo prédio da sede da Secel, que fica na avenida José Monteiro de Figueiredo (Lava Pés), número 510, bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.

A exposição é uma realização Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), e teve como proponente sua Secretária, Irandi Rodrigues Silva. A idealização é dos coordenadores de cultura da instituição, Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden, e a produção executiva, de Rosana Cristina Alves de Matos Cruz e Fernanda Caiado. 

(Com informações da Assessoria)

Disponível em: https://www.secel.mt.gov.br/w/exposi%C3%A7%C3%A3o-sobre-o-universo-do-povo-cigano-fica-em-cartaz-at%C3%A9-o-dia-12-de-dezembro-na-galeria-lava-p%C3%A9s 

 

sábado, 25 de outubro de 2025

Secel e AEEC prorrogam MT Solo Cigano até 12 de dezembro

Exposição que terminaria no último dia 24 de outubro (sexta), permanece aberta à visitação pública de 2ª a 6ª, em horário comercial, na Galeria Lava Pés

Quem não teve a oportunidade de conferir a primeira temporada de 30 dias da MT Solo Cigano na Galeria Lava Pés, terá a partir da próxima quarta-feira (29/10) uma nova oportunidade para visitá-la e mergulhar no universo dos povos ciganos, a partir de fotografias, videoartes, poemas, instalações, filmes, radioconto e telas, realizadas por diversos artistas, em sua maioria de origem cigana.

MT Solo Cigano inaugurou em 26 de setembro e inicialmente tinha previsão para encerrar em 24 de outubro (Sexta-feira). Entretanto, devido ao sucesso, aceitação e procura de pessoas que não conseguiram visitar a exposição nos seus 30 primeiros dias, a Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT) e a Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) prorrogaram a exposição por mais 50 dias.

Assim, o público mato-grossense terá até o dia 12 de dezembro para visita-la na Galeria Lava Pés, em Cuiabá, que fica no prédio da Secel-MT (em frente ao shopping Goiabeiras), para conhecer os territórios ciganos em Mato Grosso de forma íntima e bastante poética. Uma oportunidade única, para quebrar estereótipos preconceitos e racismo contra os povos ciganos, que no Brasil se dividem em três grandes troncos étnicos, os Calons, os Rom e os Sinti.

Em exibição pública e gratuita de 2ª a 6ª feira, horário comercial (08h às 12h e 14h às 17h), a exposição é financiada com recursos do edital Viver Cultura – Identidades – Edição Paulo Gustavo, da Secel/MT (2023). Por meio de múltiplos suportes e linguagens, como fotografia, audiovisual, artes plásticas (pintura e instalações) e literatura, MT Solo Cigano apresenta o universo cigano ancorada no movimento ciganofuturista. 

“O conceito pensa o futuro dos povos ciganos olhando para os modos como vivemos hoje, no presente, mas, fundamentalmente, valorizando o passado de nossas próprias ancestralidades, raizes e rizomas culturais, para projetar futuros de inclusão social e fim do anticiganismo, isto é, o racismo estrutural contra pessoas das etnias Calon, Rom e Sinti”, explica Aluízio de Azevedo, idealizador e curador do trabalho.

MT Solo Cigano teve como proponente sua Secretária, Irandi Rodrigues Silva e foi idealizada pelos coordenadores de cultura da instituição, Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden, com produção executiva de Rosana Cristina Alves de Matos Cruz e Fernanda Caiado.

Sob produção da Kaiardon Produções, a exposição conta com o apoio do grupo Rosa do Infinito, do Comitê de Cultura do Ministério da Cultura em MT, da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), da Artes & Vidro e do deputado estadual Valdir Barranco.

SERVIÇO

- O que: Visitação gratuita à Exposição MT Solo Cigano

- Quando: De segunda a sexta, até 12 de dezembro de 2025

- Horário: 08h às 12h e 14h às 17h

- Local: Galeria Lava Pés – Sede da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), localizada à Av. Jose Monteiro de Figueiredo, 510 - Duque de Caxias, Cuiabá – MT. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Gestores do SUS em MT visitam exposição MT Solo Cigano

 
SEMS/MT e SES/MT conferiram a exposição que aborda os povos ciganos no território mato-grossense, para pensar ações de promoção à saúde a partir das artes e da cultura

A exposição MT Solo Cigano, que ocorre na Galeria Lava Pés, em Cuiabá, recebeu, na tarde desta segunda-feira (20.10), visita especial de representantes de dois entes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso: Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) e Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso (SEMS/MT).

 O superintendente estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso, Altir Peruzzo, visitou a Galeria Lava Pés, acompanhado do apoiador institucional do Serviço de Apoio Institucional e Articulação Interfederativa (SEINP), Aluízio de Azevedo, que também é de etnia cigana Calon e o idealizador da exposição.

Da SES/MT, visitaram a exposição, a coordenadora de promoção e humanização à saúde, Rosiene Rosa Pires e o ponto focal para a saúde cigana, Milton Fleury.

Também estiveram presentes a equipe técnica de diferentes áreas da saúde da Coordenação de Promoção e Humanização (COPHS) em Saúde da SES/MT, composta pelos/as seguintes servidores/as: Marlusa Lira Lima, Jucelia Braga, Aparecida Mendes, Ciene Silva Guarin, Devanil Roza Fernandes, Jéssica Costa Souza, Mara Milomem, Gabriela Oliveira Saito, Maria da Penha, Cássio da Silva, Áurea Kelly Eloá Pimenta e Cleide Regina de Arruda.

A presidente da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), que organiza a exposição, recepcionou as pessoas convidadas e realizou um tour pelas salas da MT Solo Cigano.

Para Rosana, “essa aproximação com a gestão da saúde pública em Mato Grosso é de extrema importância para as comunidades ciganas, que, em sua imensa maioria, depende do SUS, mas muitos não conseguem aceder aos serviços”. “Isso acontece por vários motivos, como negligenciamento, preconceitos, racismo institucional, exclusão social, até mesmo falta de documentos como registro de nascimento ou de comprovante de endereço, principalmente, entre os grupos que continuam itinerantes ou semi-itinerantes”.

Segundo a presidente da AEEC-MT, do mesmo modo como há desconhecimento das histórias, culturas, identidades e tradições dos povos Calon, Rom e Sinti por parte da população de uma forma em geral, também há entre profissionais e gestores de saúde.  “Assim, é de suma importância a participação dos gestores na exposição é de suma importância, pois além de promovermos visibilidade, aproximamos o diálogo com os representantes do SUS e podemos apresentar necessidades em saúde, especialmente, aquelas que têm como objetivo a promoção e a prevenção”, pondera Rosana.

Já o superintendente da SEMS/MT, Altir Peruzzo, destacou que é fundamental “a história de um povo retratado num espaço público, exposto para visitação e conhecimento das origens, das vivências, dos trabalhos e, sobretudo, o esforço para manter a tradição. A gente sabe que as gerações mais jovens não têm grande apego nas tradições, não apenas entre os ciganos, mas entre os povos tradicionais e vários grupos como indígenas e quilombolas que formam o conjunto do nosso tecido social”.

“Daí a importância de que espaços, momentos e eventos como estes tem, no intuito de manter viva a memória desse povo e com certeza ajuda a mostrar para os jovens integrantes dessas comunidades que há um espaço público de visibilidade e de vivência. Importante que a SES, do setor da equidade também esteve presente para observar e quiçá no seu dia a dia ter alguma ação ou pelo menos ajudar a mostrar que o trabalho da Secretaria tem que levar a consideração os diversos grupos étnicos brasileiros”, conclui Altir Peruzzo.

Movimento Cinafoturista - Inspirada no movimento Ciganofuturista, que prevê um futuro para os povos ciganos sem racismo e com inclusão e cidadania plena, MT Solo Cigano permanece aberta até a próxima sexta-feira (24/10).

Gratuita, a exposição pode ser visitada em horário comercial e aborda o universo cigano no território mato-grossense. O trabalho traz fotografias de comunidades ciganas de Mato Grosso, como de Tangará da Serra, Rondonópolis e Cuiabá. Também de outros lugares como Brasília, Minas Gerais e Goiás.

EQUIPE MAJORITARIAMENTE CIGANA - A professora aposentada e Calin, Irandi Rodrigues Silva, secretária da AEEC-MT, é a proponente do projeto de exposição e também uma de suas curadoras, ao lado dos dois diretores de arte e cultura da AEEC-MT, Aluízio de Azevedo e Rodrigo Zaiden.

Três são fotógrafas: Karen Ferreira (Niterói-RJ), Maria Clara Aquino, que é da comunidade cigana de Tangará da Serra e Ju Queiroz (Chapada dos Guimarães). As poesias são da Calin de Rondonópolis, Jéssika Lorrayne Cabral Lima Leme. Os videoartes editados e dirigidos por Maria Clara Aquino.

A produção executiva é de Rosana Cristina Alves de Matos Cruz (presidente da AEEC-MT) e de Fernanda Caiado (tesoureira da AEEC-MT).

O projeto expográfico é assinado por Rodrigo Zaiden (Diretor de Arte e Cultura da AEEC/MT), com assistência de Tami Gondo Lage. As artes e designer gráfico são de Danillo Kalon (Coletivo Ciganagens – Rio de Janeiro).

 MT Solo Cigano é uma produção da Kaiardon Produções, com patrocínio do Edital Viver Cultura – Identidades – LPG 2023, da Secel-MT.

TEXTO E FOTOS: ASSCOM/SEINP/SEMS/MT

domingo, 19 de outubro de 2025

MT Solo Cigano entra na última semana de visitação

Público pode visitar a exposição, que é gratuita, até a próxima sexta (24.10) na Galeria Lava Pés, Cuiabá, em horário comercial. Foto: Fernando Dezan

Você admira os povos ciganos e quer saber mais sobre suas culturas, identidades, tradições e costumes? Ou simplesmente tem curiosidade para saber mais e se aproximar, para quebrar preconceitos, estereótipos e um imaginário social completamente negativo?

Então, corre para conferir MT Solo Cigano na Galeria Lava Pés, em Cuiabá, pois a Exposição entra nesta segunda-feira (20/10) na sua última semana da temporada. A Galeria, que está localizada na sede da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), está de portas abertas no horário comercial.

A vernissage de lançamento da exposição ocorreu n noite do dia 26 de setembro, com a presença de 30 pessoas ciganas, incluindo a diretora de Mulheres da AEEC-MT, Nilva Rodrigues, que confere na foto a instalação "Monóculos". Foto: Fernando Dezan.

Realizada pela Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), a exposição é gratuita e parte do movimento Ciganofoturista, para abordar o universo dos povos ciganos e sua história no território mato-grossense.

Patrocinada por meio do Edital Viver Cultura – Identidades – Edição LPG 2023 – Categoria Povos Ciganos, MT Solo Cigano fica aberta até a próxima sexta-feira (24.10). Estão sendo expostas obras de artistas ciganos, incluindo 16 telas do idealizador da exposição e multiartista, Aluízio de Azevedo.

A proponente do projeto, Irandi Rodrigues (à direita), com o filho Aluízio de Azevedo (idealizador da exposição), a filha Erlaine Rodrigues e a neta Clara Zaniboni. Foto: Fernando Dezan.

O projeto tem como proponente a Secretária da AEEC-MT, Irandi Rodrigues Silva (foto acima de vestido azul) e conta com produção executiva da presidente e tesoureira da instituição, respectivamente, Rosana Cristina Alves de Matos Cruz e Fernanda Caiado.

A presidenta da AEEC-MT e produtora executiva da exposição Rosana Cristina, ao lado do multiartista Tami Gondo Lage e do diretor de cultura da AEEC-MT, Rodrigo Zaiden. Foto: Fernando Dezan

A exposição conta com Projeto Expográfico do diretor de cultura da AEEC-MT e multiartista Rodrigo Zaiden, Assistência de projeto expográfico, de Tami Gondo Lage, Arte Gráfica de Danillo Kalón, fotos de Maria Clara Aquino, Karen Ferreira e Ju Queiroz, e poesias da vice-presidente da AEEC-MT, Jéssika Lorrayne Alves Cabral Lima Leme.

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terça-feira, 14 de outubro de 2025

UEMG abre inscrições de cursos EAD com cotas para ciganos e saiba como se inscrever

No total serão ofertadas 350 vagas para três cursos da instituição

Por Ana Magalhães13/10/2025 às 18h16

A Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) publicou, nesta segunda-feira (13), o edital do Vestibular Uemg/EaD 2026. Ao todo, são oferecidas 350 vagas em três cursos da instituição, oferecidos na modalidade Ensino à Distância (EaD).

O processo contempla os cursos de Tecnologia em Gestão Pública Municipal, Tecnologia em Gestão Sustentável do Turismo e Bacharelado em Biblioteconomia.

Oferecida pela Unidade Acadêmica de Ibirité, o curso de Gestão Pública Municipal oferece 100 vagas distribuídas nos polos presenciais das cidades de Conselho Lafaiete, Durandé, Ibirité, Jaboticatubas e Três Marias, cada um com 20 vagas.

Já Gestão Sustentável do Turismo, oferecido pela Unidade Acadêmica de Carangola, também conta com 100 vagas. Serão 20vagas nos polos presenciais de Belo Horizonte, Cambuí, Carangola, Rio Pardo de Minas e São João del-Rei.

Para o curso de Biblioteconomia são oferecidas 150 vagas, oferecidas pela Unidade Acadêmica de Divinópolis e distribuídas entre os polos de apoio de Divinópolis, Ibirité, Poços de Caldas, Sabará e Salinas, com 30 vagas em cada um.

Como vai funcionar?

A seleção será feita de forma simplificada, por meio da avaliação curricular do Ensino Médio, de caráter classificatório e eliminatório, levando em conta as notas dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática.

O edital de seleção terá vagas pela Ampla concorrência, pelo Programa de Seleção de Reserva de Vagas da u(Procan), e pela Inclusão Regional. As informações sobre os critérios de cada categoria, incluindo documentação e cronogramas, podem ser conferidas neste link.

A taxa de inscrição deve ser paga até o dia 12 de dezembro. Os candidatos em condição de baixa renda ou egressos de escola pública podem solicitar a isenção entre os dias 10 e 24 de novembro.

Reserva de vagas

Das 350 vagas oferecidas, 50% serão destinadas a alunos optantes pela reserva de vagas, sendo 50% destinadas ao Procan e 5% à Inclusão Regional. Seis categorias são destinadas ao Procon:  24% para candidatos negros; 3% para quilombolas; 3% para indígenas; 2% para ciganos; 13% para quem cursou todo o ensino médio em escolas públicas; e 5% para pessoas com deficiência.

Exceto a última, todas as categorias exigem que o candidato tenha completado integralmente o ensino médio em escola pública e comprovem renda familiar bruta per capita de até um salário mínimo e meio. Também está prevista a reserva de vagas pela Inclusão Regional, destinada a quem reside em Minas Gerais e tenha cursado integralmente o ensino médio em instituições públicas sediadas no estado.

Com informações da Agência Minas

Disponível em: https://bhaz.com.br/noticias/minas-gerais/uemg-inscricoes-vestibular-cursos-ead-2026/

 

 

Comissão da Câmara Federal debate criação do Estatuto dos Povos Ciganos

Projeto de Lei que cria o Estatuto dos Povos Ciganos tramita desde 2015 no Congresso Nacional e já foi aprovado no Senado

13/10/2025 - 11:01 - Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (15) audiência pública para discutir o Projeto de Lei 1387/22, do Senado, que cria o Estatuto dos Povos Ciganos. A reunião será realizada no plenário 3, às 16 horas.

O debate atende a pedido do deputado Pedro Uczai (PT-SC). Ele ressalta que a proposta, do senador Paulo Paim (PT-RS), estabelece diretrizes para assegurar a cidadania plena e o respeito às especificidades culturais dos povos ciganos no Brasil.

“Na audiência, vamos ouvir as demandas dessas comunidades e garantir que o estatuto reflita seus anseios e necessidades, fortalecendo a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, diz.

Pedro Uczai acrescenta que a população cigana é historicamente marcada pela invisibilidade institucional e pela discriminação. “Temos de promover o reconhecimento e a proteção dos direitos dos povos ciganos no Brasil”, afirma.

Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/1210361-comissao-debate-criacao-do-estatuto-dos-povos-ciganos/