"Temos uma história enraizada em todos nós, em nossas veias correm sangue de pessoas nômades, que lutaram, de pessoas que batalharam para a gente estar onde nós estamos". (na foto Fernanda e sua avó Sereviana Alves Pereira)
Para a presidente da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), Fernanda Alves Caiado, a data é muito importante, por se tratar de um reconhecimento internacional ao povo cigano.
“Essa data significa pra
gente que os ciganos não são reconhecidos só na nossa região, né, são
reconhecidos internacionalmente. É muito bom ser lembrado, ter essa data que
lembra a luta de um povo e não só de um grupo pequeno, mas de toda uma história
de um grupo de pessoas que resolveu sair, que lutou, que luta e que acredita. É
muito bom saber que nós somos mundialmente reconhecidos. Isso é muito
importante!” pondera Fernanda.
De acordo com Fernanda, as
pessoas ciganas “têm muita coisa a comemorar.” “Primeiro é um reconhecimento da
história do nosso povo e também saber que hoje nós já alcançamos algumas coisas
que antes não tínhamos. Por mais que ainda exista muito preconceito, por mais
que ainda exista muita gente que faz distinção, hoje somos reconhecidos
como um povo. Temos uma história enraizada em todos nós, em nossas veias correm
sangue de pessoas nômades, que lutaram, de pessoas que batalharam para a gente
estar onde nós estamos”, explica ela, ao complementar:
“De pessoas que enfrentaram
por muitos momentos fome, sede, que passaram por duras penas, para que hoje possamos
ser reconhecidos enquanto um povo. A gente tem muito para comemorar. Também comemorar
a vida em tempos tão difíceis, a gente tem poucos casos de ciganos que perderam
a vida para Covid. A gente tem que comemorar isso também, comemorar a vida,
comemorar estarmos bem. O nosso povo tem uma história linda. Somos pessoas que
passaram por dificuldades, que vencemos e que hoje graças a Deus estamos todos
bem”.
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