sábado, 26 de fevereiro de 2022

Conferências municipais de promoção da igualdade racial em MT conta com povos ciganos

 

Terezinha de preto ao centro com os membros do Conselho de Igualdade Racial de Poconé, durante a realização da I Conferência Municipal de Igualdade Racial no município

Coordenadora de assistência social e habitação da AEEC-MT, Terezinha Alves, participa de conferências municipais de igualdade racial em VG e Poconé

A coordenadora de Assistência Social e Habitação da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), Terezinha Alves, participou nesta sexta-feira (25.02) de duas conferências municipais de promoção da igualdade Racial.

Conselheira do Conselho Nacional de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (CNPPIR) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH); Terezinha contribuiu com a V Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), em Várzea Grande, durante o período matutino; e pela tarde acompanhou a I Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial, em Poconé, onde participou da mesa de abertura.

Nas duas conferências municipais, Terezinha apresentou propostas no campo da assistência social para as famílias ciganas mato-grossenses, a exemplo de inclusão nas políticas de habitação, já que há um alto índice de famílias que não possuem casas. A conselheira de igualdade racial ainda colocou a importância do Instituto Brasileiro de Geografias e Estatísticas (IBGE), realizar a inclusão dos povos ciganos no censo nacional.

Terezinha (de preto) ao lado da presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial de Várzea Grande

“Apesar de estarmos no país há quase 500 anos e vivermos em todos os estados brasileiros, contribuindo com a cultura, a identidade e a riqueza nacional, não somos reconhecidos e nem visibilizados pelo Estado”, denuncia Terezinha, ao acrescentar que os povos ciganos precisam de políticas públicas em todas as áreas para alcançar a cidadania, mas a questão da habitação é um dos problemas mais sérios.

“A maioria dos ciganos deixaram a vida nômade, pela violência dos dias atuais e a falta de acesso a questões simples como água encanada ou mesmo eletricidade. Municípios não disponibilizam locais com essas comodidades para os acampamentos. Assim, temos um número muito grande de famílias vivendo em barracos, nas periferias das grandes e médias cidades ou pagando aluguel, que precisam ter acesso as políticas de habitação”, pondera a ativista.

A presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial de Poconé, Jusiane Luiza de Lima

Terezinha também representa os povos ciganos no Comitê Estadual dos Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso (CEPCT-MT), órgão vinculado à Secretaria de Trabalho, Ação Social e Cidadania (SETASC-MT). Em Mato Grosso, as comunidades ciganas ultrapassam as 600 pessoas, especialmente concentradas nos municípios de Rondonópolis, Cuiabá e Tangará da Serra.

Texto: Aluízio de Azevedo

Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

 

 

Terezinha Alves, assistente social e mediadora

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