Organizado de forma conjunta entre o escritório do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o curso integra os
esforços da ONU no combate ao anticiganismo e as atividades em lembrança aos 80
anos do Holocausto Romani.
O encontro visa trazer uma reflexão sobre a rota do
anticiganismo e o seu impacto no presente, observado no nível de exclusão e de
violência que ainda assola o povo romani/cigano em diversas partes do mundo.
Com abertura prevista para ocorrer às 10h30, o evento conta com
duas mesas temáticas: Memória e Anticiganismo na Europa (11h às 13h) e A Rota
do anticiganismo na América do Sul: violência e perseguição.
Entre os palestrantes estão: Jucelho Dantas, Aline Miklos,
Marcos Toyansk, Claude Cahn, Elisa Costa, Matíaz Domingues, Adèle Sutre, Rafael
Buhigas Jiménez, Slawomir Kapralski e Mirjam Karoly.
Programa.
Há 80 anos, entre os dias 2 e 3 de agosto de 1944, os
administradores do campo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau decidem
eliminar o "Zigeunerlager", a seção do campo onde estavam detidas as
pessoas romanis. Durante esses dias, mais de 3.000 pessoas romanis, incluindo
mulheres, crianças e idosos, foram assassinados. Por essa razão, o dia 2 de
agosto foi escolhido para relembrar o Dia Internacional do Holocausto Romani.
No entanto, a perseguição e a exclusão do povo cigano/romani não se limitam ao
período nazista e persistem até os dias atuais. Estudos recentes indicam que a
comunidade romani tem enfrentado níveis significativos de discriminação e
hostilidade tanto na Europa quanto nas Américas. Nos últimos anos, foram
relatadas violações dos direitos humanos de pessoas ciganas/romani em
praticamente todos os aspectos da vida, incluindo educação, saúde, moradia,
emprego e acesso a serviços básicos. Essas violações são resultado do
anticiganismo histórico que se iniciou na Europa e chegou no continente americano
junto com o desembarque das primeiras famílias romanis.
O encontro visa trazer uma reflexão sobre a rota do anticiganismo e o seu
impacto no presente, observado no nível de exclusão e de violência que ainda
assola o povo romani/cigano em diversas partes do mundo. Para isto, contaremos
com a participação de pesquisadores e ativistas romanis/ciganos e não-ciganos.
Discutiremos sobre as perseguições contra o povo cigano/romani durante o
Holocausto e suas repercussões em distintos países europeus, como a Alemanha,
Áustria e inclusive a Espanha, cujo governo franquista manteve estreitas
relações com as políticas de perseguição empreendidas pelo nazismo.
Posteriormente, realizaremos um debate sobre as distintas formas de perseguição
dos povos ciganos/romanis na América do Sul e o seu impacto no presente, com
especial atenção ao tema da violência e da segurança pública.
Mais informações: https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/o-impacto-do-holocausto-cigano-na-atualidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário