No
último dia 08 de abril, a Associação das Etnias Ciganas de Mato Grosso
(AEEC-MT) coordenou, em conjunto com o Coletivo #OrgulhoRomani, uma nota
pública, que foi assinada por mais de 20 associações ciganas e 30 pesquisadores
deste universo, denunciando casos de “racismo contra grupos ciganos durante a
pandemia” e cobrando “um plano emergencial” de combate e prevenção ao Covid-19
em favor dessas comunidades.
Protocolada
junto ao Ministério da Saúde (MS) e ao Ministério da Mulher, Família e Direitos
Humanos (MMFDH), a nota foi mencionada em artigo publicado nesta quinta-feira
(30 de abril) no site do Centro para Saúde e Direitos Humanos, François-Xavier
Bagnoud, da Universidade de Harvard.
O
artigo, que pode ser lido na versão em inglês aqui
e na versão em português aqui,
é assinado pela instrutora e Diretora do “Roma Program” (Programa Romani),
Margareta (Magda) Matache e o assessor para Ciência e Comunicação da AEEC-MT,
Aluízio de Azevedo.
Com
o título “Standing Up Against Anti-Romani Racism During A Pandemic” (Levantando-se
contra o racismo anti-cigano durante uma pandemia), o texto destaca que “em
todo mundo, vem se manifestando uma tendência violenta e perturbadora de atos
racistas anticiganos por parte da polícia, formuladores de políticas, mídia e
outros, está colocando em risco as famílias e comunidades romani durante a
pandemia do COVID-19”.
E
cita a carta da seguinte forma: “O racismo antiromani corre solto no Brasil,
lar da maior população cigana da América Latina”. No final de março, os
municípios de Cachoeira do Sul, Imbituva e Dois Vizinhos expulsaram grupos itinerantes
do tronco étnico Kalon de seus territórios. Além disso, em abril, a cidade de
Guarapuava também tentou expulsar outro grupo romani. Como os municípios da
Bulgária, Romênia e Eslováquia, autoridades desses municípios brasileiros
justificaram suas ações injustas culpando e retratando incorretamente as
pessoas ciganas como vetores principais da transmissão de coronavírus.
E
Emenda: Felizmente, a expulsão foi interrompida pelo Ministério Público. Nós não
podemos ficar de braços cruzados enquanto nossas comunidades são colocadas como
bode expiatórias e submetidas a tratamentos desumanos. A hora da ação urgente é
agora. No início deste mês, associações, grupos de pesquisa e ativistas ciganos
no Brasil denunciaram o racismo anticigano e emitiram um chamado à ação.
O artigo pode ser acessado na íntegra: https://fxb.harvard.edu/2020/04/30/standing-up-against-anti-romani-racism-covid19/
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