sexta-feira, 10 de abril de 2020

Ciganos estão mais vulneráveis à pandemia em Portugal




As comunidades ciganas portuguesas somam em torno de 100 mil pessoas

Do Site O Mirante – Semanário Regional

No Dia Internacional do Cigano são várias as instituições que alertam para a vulnerabilidade desta etnia face à actual pandemia do novo coronavírus, quer pelas condições precárias em que vive, quer pela falta de rendimentos provocada pelo cancelamento de feiras e mercados.
No Dia Internacional do Cigano, que hoje se assinala, são várias as instituições que alertam para a vulnerabilidade desta etnia face à actual pandemia do novo coronavírus.

A Associação dos Mediadores Ciganos (AMEC) de Portugal reforça, nesta data, as recomendações à comunidade cigana para que fique em casa e, no caso de comunidades que não têm casa, que permaneçam no acampamento. A associação defende que é necessário que a comunidade cigana colabore com a sociedade, não aumentando os riscos de saúde, para que a sociedade possa retribuir.

A AMEC considera que há “urgência na tomada de medidas de protecção das comunidades ciganas com prioridade para aquelas que vivem sem as mínimas condições básicas de higiene em barracas e acampamentos”. Reforça também a necessidade de medidas excepcionais de apoio que visem colmatar a falta de rendimentos por não haver venda ambulante em feiras e mercados.

Recentemente também a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (Animar) defendeu medidas urgentes de apoio à comunidade cigana, como apoio financeiro para colmatar a falta de rendimentos provocada pelo cancelamento da prática da venda ambulante em feiras e mercados, tendo feito chegar ao Governo um conjunto de recomendações.

Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, alertava ontem em entrevista à RTP que será a comunidade cigana uma das mais afectadas pelos efeitos da pandemia, quer pelas condições precárias em que vive parte significativa desta comunidade, quer pela carência económica provocada pelo encerramento de feiras e mercados que eram o seu ganha-pão.


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