segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Roda de conversa “Direito de ser e Existir da População Negra e Povos Ciganos"

 

Organizado pela Defensoria Pública da Bahia, evento contará a participação da presidente da AEEC-MT, Fernanda Alves Caiado e ocorre nesta terça-feira (03.08) na plataforma zoom

Ativistas do movimento cigano e do movimento negro, entre eles, a presidente da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), Fernanda Alves Caiado, participarão nesta terça-feira (03.08) da “Roda de Conversa: Direito de Ser e de Existir da População Negra e Povos Ciganos”. Organizado pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA), o evento ocorrerá pela plataforma Google Meet, entre 15h e 17h30 (horário de Brasília).

A roda de conversa contará  com a presença da presidente da Associação Nacional de Mulheres Ciganas Edvalda Bispo; o professor da UEFS, Jucelho da Cruz; o representante dos povos ciganos no Conselho de Igualdade Racial do Estado da Bahia, Diran Cigano; e o presidente do ICB, Rogério Ribeiro. Pelo movimento negro estarão presentes o Presidente Estadual UNEGRO-BA, Eldon Neves; e o Membro do Conselho Pastoral dos Pescadores e Coalizão Negra por Direitos, Zezé Pacheco.

O tema disparador da reunião será o caso de Vitória da Conquista, que ocorreu no último dia 13 de julho, envolvendo um conflito entre dois policiais à paisana e a família cigana Silva Matos, composta por um casal e seus 10 filhos, que resultou na morte imediata de dois policiais e dois irmãos. Desde então, de uma forma bastante truculenta e nebulosa; a PM iniciou uma verdadeira caçada aos outros oito irmãos desta família, tendo matado outros seis irmãos, inclusive um adolescente de 13 anos. Dois irmãos Silva Matos continuam foragidos.

Lideranças ciganas da Bahia e famílias de Vitória da Conquista denunciaram o episódio em nota pública e para vários órgãos de direitos humanos e governos local, estadual e nacional. Entretanto, a matança continua.

O evento terá como convidados-anfitriões os seguintes defensores públicos da DPE-BA: Subdefensora Pública Geral, Firmiane Venâncio; Coordenador do Núcleo de integração, Mauricio Saporito; Coordenador da 2ª Defensoria Pública Regional, José Raimundo Campos; a Coordenadora da 12ª Defensoria Pública Regional, Yana de Araújo Melo; e membro do Grupo de Trabalho de Igualdade Racial - DPE/BA, Rafael Coutos. A mediação será realizada pela Ouvidora-Geral da DPE-BA, Sirlene Assis.

Além disso, integrarão o encontro os deputados estaduais pela Bahia, Olívia Santana (Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher) e Hilton Coelho (Membro da Comissão de Direitos Humanos). Representando o governo do Estado da Bahia, participarão o Comandante do Policiamento Regional Sudoeste/ Vitória da Conquista, Ivanildo da Silva; o Superintendente de Direitos Humanos – SJDHDS, Jones Carvalho; e o assessor especial da SEPROMI-BA, Ailton Ferreira.

Também acompanhará a reunião, o Ouvidor da Defensoria do RJ e Coordenador de Política Criminal do Conselho Nacional das Ouvidorias Externas das Defensorias do Brasil, Guilherme Pimentel.



Entenda o caso – As ações da PM em Vitória da Conquista alcançaram repercussão internacional, após nota pública com mais de 300 assinaturas, de associações e ativistas ciganos, instituições de ensino superior, pesquisadores e outros movimentos sociais, no dia 15 de julho, com o título “Imediata intervenção do Poder Público para garantir a vida das pessoas ciganas em Vitória da Conquista”, dando conta que além dos mortos outras 15 pessoas ciganas teriam sido violentadas, 10 delas baleadas.

A nota classificou a situação como “massacre e terror que as comunidades ciganas de Vitória da Conquista e cidades da região estão sofrendo, conforme relatos, por parte da polícia militar (PM) do Estado da Bahia” e denunciou, que “após o conflito, segundo relatos, policiais vêm promovendo uma verdadeira caçada e matança junto à todas as famílias ciganas da cidade e região”.

O documento apontou que “vários carros de famílias ciganas foram queimados e casas invadidas e queimadas também, sem autorização judicial e conforme preconiza as ODS – os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que governos e cidadãos de todo o mundo, promovam o bem-estar de todos”.

Em outro trecho, a nota destaca que “há relatos da existência de áudios supostamente gravados por policiais ameaçadores dizendo que ‘vão pegar todos os ciganos’. E há também relatos de pessoas ciganas inocentes com medo de terem a residência invadida a qualquer momento, não conseguindo sair de casa, sequer para comprar alimentos”.

Acesse a nota na íntegra aqui: https://aeecmt.blogspot.com/2021/07/nota-publica-imediata-intervencao-do.html

Versión en Español: https://aeecmt.blogspot.com/2021/07/nota-publica-inmediata-intervencion-del.html

English Version: https://aeecmt.blogspot.com/2021/07/public-notice-for-immediate.html

Texto: Aluízio de Azevedo

Assessoria para Ciência e Comunicação da AEEC-MT

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