Organizado pela Defensoria Pública da Bahia, evento contará a participação da presidente da AEEC-MT, Fernanda Alves Caiado e ocorre nesta terça-feira (03.08) na plataforma zoom
Ativistas do movimento cigano e do movimento negro,
entre eles, a presidente da Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato
Grosso (AEEC-MT), Fernanda Alves Caiado, participarão nesta terça-feira (03.08)
da “Roda de Conversa: Direito de Ser e de Existir da População Negra e Povos
Ciganos”. Organizado pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA), o
evento ocorrerá pela plataforma Google Meet, entre 15h e 17h30 (horário de
Brasília).
A roda de conversa contará com a presença da presidente da Associação
Nacional de Mulheres Ciganas Edvalda Bispo; o professor da UEFS, Jucelho da Cruz;
o representante dos povos ciganos no Conselho de Igualdade Racial do Estado da Bahia,
Diran Cigano; e o presidente do ICB, Rogério Ribeiro. Pelo movimento negro
estarão presentes o Presidente Estadual UNEGRO-BA, Eldon Neves; e o Membro do
Conselho Pastoral dos Pescadores e Coalizão Negra por Direitos, Zezé Pacheco.
O tema disparador da reunião será o caso de Vitória da
Conquista, que ocorreu no último dia 13 de julho, envolvendo um conflito entre dois
policiais à paisana e a família cigana Silva Matos, composta por um casal e
seus 10 filhos, que resultou na morte imediata de dois policiais e dois irmãos.
Desde então, de uma forma bastante truculenta e nebulosa; a PM iniciou uma
verdadeira caçada aos outros oito irmãos desta família, tendo matado outros
seis irmãos, inclusive um adolescente de 13 anos. Dois irmãos Silva Matos
continuam foragidos.
Lideranças ciganas da Bahia e famílias de Vitória da
Conquista denunciaram o episódio em nota pública e para vários órgãos de
direitos humanos e governos local, estadual e nacional. Entretanto, a matança
continua.
O evento terá como convidados-anfitriões os seguintes
defensores públicos da DPE-BA: Subdefensora Pública Geral, Firmiane Venâncio; Coordenador
do Núcleo de integração, Mauricio Saporito; Coordenador da 2ª Defensoria
Pública Regional, José Raimundo Campos; a Coordenadora da 12ª Defensoria
Pública Regional, Yana de Araújo Melo; e membro do Grupo de Trabalho de
Igualdade Racial - DPE/BA, Rafael Coutos. A mediação será realizada pela Ouvidora-Geral
da DPE-BA, Sirlene Assis.
Além disso, integrarão o encontro os deputados
estaduais pela Bahia, Olívia Santana (Presidente da Comissão dos Direitos da
Mulher) e Hilton Coelho (Membro da Comissão de Direitos Humanos). Representando
o governo do Estado da Bahia, participarão o Comandante do Policiamento
Regional Sudoeste/ Vitória da Conquista, Ivanildo da Silva; o Superintendente
de Direitos Humanos – SJDHDS, Jones Carvalho; e o assessor especial da
SEPROMI-BA, Ailton Ferreira.
Também acompanhará a reunião, o Ouvidor da Defensoria
do RJ e Coordenador de Política Criminal do Conselho Nacional das Ouvidorias
Externas das Defensorias do Brasil, Guilherme Pimentel.
Entenda o caso – As
ações da PM em Vitória da Conquista alcançaram repercussão internacional, após
nota pública com mais de 300 assinaturas, de associações e ativistas ciganos,
instituições de ensino superior, pesquisadores e outros movimentos sociais, no
dia 15 de julho, com o título “Imediata intervenção do Poder Público para
garantir a vida das pessoas ciganas em Vitória da Conquista”, dando conta que
além dos mortos outras 15 pessoas ciganas teriam sido violentadas, 10 delas
baleadas.
A nota classificou a situação como “massacre
e terror que as comunidades ciganas de Vitória da Conquista e cidades da região
estão sofrendo, conforme relatos, por parte da polícia militar (PM) do Estado
da Bahia” e denunciou, que “após o conflito, segundo relatos, policiais vêm
promovendo uma verdadeira caçada e matança junto à todas as famílias ciganas da
cidade e região”.
O documento apontou que “vários
carros de famílias ciganas foram queimados e casas invadidas e queimadas
também, sem autorização judicial e conforme preconiza as ODS – os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da ONU, que governos e cidadãos de todo o mundo,
promovam o bem-estar de todos”.
Em outro trecho, a nota destaca que “há
relatos da existência de áudios supostamente gravados por policiais ameaçadores
dizendo que ‘vão pegar todos os ciganos’. E há também relatos de pessoas
ciganas inocentes com medo de terem a residência invadida a qualquer momento,
não conseguindo sair de casa, sequer para comprar alimentos”.
Acesse a nota na íntegra aqui: https://aeecmt.blogspot.com/2021/07/nota-publica-imediata-intervencao-do.html
Versión en Español: https://aeecmt.blogspot.com/2021/07/nota-publica-inmediata-intervencion-del.html
English Version: https://aeecmt.blogspot.com/2021/07/public-notice-for-immediate.html
Texto: Aluízio de Azevedo
Assessoria para Ciência e Comunicação da
AEEC-MT
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